3 motivos para comprar um anel inteligente — e outros 3 para não comprar

Em contrapartida, os anéis inteligentes não dispõem de funcionalidades desejadas, como GPS e NFC, e tornam o usuário muito dependente do celular, devido à ausência de tela. Por isso, muitos se perguntam se vale a pena comprar um smart ring, ou mesmo se é interessante trocar seu relógio inteligente por um aparelho do tipo. Abaixo, o TechTudo lista três motivos para comprar um anel inteligente e outras razões para evitar a nova tendência.

Um dos principais argumentos a favor do anel inteligente é o conforto. Diferente da maioria dos smartwatches, cujo peso pode incomodar ao longo do dia ou durante o sono, o smart ring é leve e compacto. Há modelos que pesam menos de 3 gramas, como é o caso do Galaxy Ring, e medem apenas alguns milímetros de espessura.

Esse design minimalista é particularmente atraente para quem precisa de um monitoramento constante da saúde, mas não quer sentir que está usando um dispositivo o tempo todo. Além disso, a ausência de uma pulseira (mesmo as de silicone, comumente mais flexíveis) significa menos pressão sobre a pele e maior liberdade de movimentos.

Entretanto, é no acompanhamento das fases do sono que a leveza e o conforto dos anéis inteligentes se mostram um diferencial. Muitos usuários de smartwatches relatam dificuldades em dormir com o relógio no pulso, seja pelo peso ou o contato constante do material com a pele. Por outro lado, o anel inteligente permite uma análise mais fiel dos padrões de descanso, favorecendo a precisão dos dados coletados. Com isso, métricas como tempo em sono profundo, ciclos REM, e até mesmo alterações sutis na frequência cardíaca durante a madrugada tendem a ser registradas de forma mais completa.

Apesar do formato diminuto, os smart rings costumam oferecer baterias com autonomia de vários dias, ultrapassando facilmente a marca de uma semana. Um exemplo disso é o Galaxy Ring, cuja bateria tem sete dias de autonomia. Em boa parte dos casos, esse desempenho superior ocorre porque os anéis inteligentes não precisam alimentar uma tela grande e iluminada, característica dos smartwatches. Sem um display constantemente ativo, o consumo energético se mantém baixo, garantindo uma experiência menos dependente de recargas frequentes.

Em comparação, muitos smartwatches exigem conexão à tomada a cada um ou dois dias, o que pode se tornar incômodo na rotina. O anel inteligente, por sua vez, reduz essa preocupação e permite um uso mais contínuo, sem a necessidade de planejar o momento ideal para carregar o dispositivo. Esse diferencial é atraente para pessoas que viajam com frequência, passam longos períodos fora de casa ou simplesmente preferem não adicionar mais um item à lista de produtos para carregar.

Muitos anéis inteligentes empregam materiais de alta resistência, como titânio ou cerâmica, os quais garantem durabilidade excepcional sem comprometer o design. Essas substâncias, além de muito leves, são conhecidas por sua robustez e elevada resistência a riscos, o que permite ao acessório manter sua aparência original por longos períodos de uso diário.

Em comparação, smartwatches costumam exibir partes mais vulneráveis, como vidros e carcaças suscetíveis a marcas, arranhões e danos. Por isso, é comum que usuários invistam em películas protetoras para prolongar a vida útil do relógio. O anel inteligente, por outro lado, tende a dispensar esse tipo de cuidado extra.

Se o seu objetivo é adquirir um fitness tracker altamente versátil, repleto de recursos avançados, o anel inteligente pode frustrar suas expectativas. Embora atenda bem às necessidades básicas de monitoramento, como acompanhar o sono, frequência cardíaca e passos, ele normalmente não oferece funcionalidades sofisticadas, tais como GPS integrado e NFC, que permite pagamentos por aproximação.

Neste ponto, o smartwatch se destaca, pois além de fornecer mapas e rotas detalhadas, ele exibe notificações completas, permite o uso de aplicativos dedicados e viabiliza pagamentos no pulso. Essa ampla gama de recursos torna o smartwatch uma escolha mais inteligente para quem busca um acessório capaz de substituir, ao menos em parte, algumas funções de celulares.

Sem um visor próprio, o anel inteligente não oferece acesso imediato aos dados do usuário. Para verificar métricas de corrida, batimentos cardíacos ou acompanhar metas diárias, é necessário recorrer ao smartphone. Isso pode se tornar um incômodo durante treinos de musculação ou de natação, por exemplo, além de outras situações em que o consumidor não quer ou não pode usar o celular.

Como dito anteriormente, o smartwatch disponibiliza dados importantes diretamente no pulso, de forma que é possível checar estatísticas de saúde ou até responder mensagens em poucos segundos. Enquanto o relógio inteligente facilita o monitoramento a qualquer momento, o anel obriga o usuário a interromper atividades para utilizar o celular sempre que precisar acompanhar as medições.

O fato de os anéis inteligentes serem uma tecnologia relativamente recente, aliado aos desafios da miniaturização, fazem com que os dispositivos cheguem ao mercado com preços muito elevados. Alguns modelos custam o equivalente a um smartwatch premium ou até mesmo a um celular intermediário, o que torna o custo-benefício menos atrativo para muitos usuários.

Em contrapartida, ao optar por um relógio inteligente, você frequentemente encontra valores mais acessíveis, além de mais funcionalidades. Isso torna o investimento em um novo smartwatch mais vantajoso a longo prazo, especialmente se o objetivo for obter o máximo de recursos pelo menor custo possível.

De maneira geral, o anel inteligente pode ser interessante para quem prioriza conforto durante o sono e quer um acessório discreto e resistente. Por outro lado, a falta de recursos avançados, a dependência do celular e o preço salgado podem fazer o consumidor pensar duas vezes antes de trocar seu smartwatch por um smart ring. Na dúvida, vale pesar suas prioridades, rotina e orçamento antes de fechar a compra.