30 anos de PlayStation: veja os 30 melhores jogos exclusivos da história

A saga dos consoles PlayStation começou em 1994 com o PlayStation One, um videogame fruto do fim de uma parceria entre Sony e Nintendo, que se tornou o primeiro console a vender mais de 100 milhões de unidades. Ele foi seguido pelo PlayStation 2 (PS2) em 2000 que superou as expectativas de seu antecessor se tornou o console mais vendido de todos os tempos com 160 milhões de unidades.

O terceiro videogame, o PlayStation 3 (PS3), teve um lançamento conturbado em 2006, mas apesar das dificuldades chegou perto de 90 milhões de consoles vendidos. Em 2013 o PlayStation 4 (PS4) foi lançado com grande sucesso, superando as mais de 117 milhões de unidades vendidas. O PlayStation 5 (PS5) é o console atual da Sony, já tendo alcançado a marca de 65,5 milhões de videogames nas mãos de jogadores. Vale lembrar que, além dos videogames "de mesa", a marca também teve dois portáteis: o PSP e o PlayStation Vita.

A série Uncharted da Naughty Dog foi uma das mais populares no PS3 e apesar do sucesso do primeiro game, foi Uncharted 2: Among Thieves que consolidou a franquia com o carisma de seu protagonista Nathan Drake e ação fantástica. Uncharted é uma franquia de ação e aventura em terceira pessoa na qual jogadores controlam o caçador de tesouros Drake cujo invejável conhecimento de história leva a encontrar tesouros esquecidos. Além de ter que explorar e resolver enigmas, normalmente Drake encontra forças opostas que desejam chegar ao tesouro antes dele e a qualquer custo, levando a tiroteios e perseguições.

No segundo game, especificamente, ele recebe ajuda de Chloe Frazer para procurar uma pedra mística do lendário vale de Shambhala. A sequência adicionou também um modo multiplayer online que retornaria em outros games da franquia. O jogo está disponível atualmente em uma versão remasterizada na coletânea Uncharted: The Nathan Drake Collection para PlayStation 4 (PS4), que é retrocompatível com o PlayStation 5 (PS5), porém sem seus modos multiplayer.

O primeiro game da série Gran Turismo desenvolvido pela Polyphony Digital foi um marco na historia dos games de corrida e do PlayStation. O gênero conhecido por jogos mais "arcade" voltados para a emoção das corridas, como Need for Speed, encontrou em Gran Turismo uma experiência mais realista, com uma proposta diferente. O jogo chamava atenção pelo seu estilo de campanha no modo Gran Turismo em que além de vencer corridas era preciso também passar por testes para obter licenças para participar dos eventos. A cereja no topo eram os gráficos impressionantes e carros bem reproduzidos para o PlayStation One na época, que muitas vezes era visto como incapaz de exibir visuais 3D tão detalhados.

Após o sucesso do primeiro Metal Gear Solid no PSOne, a Konami e o designer Hideo Kojima prepararam uma sequência para o PlayStation 2 que impressionou pelos visuais e temas tratados. O jogo manteve sua aclamada jogabilidade furtiva com novidades como pistolas tranquilizantes e a possibilidade de esconder corpos de guardas. Uma grande surpresa no entanto, que chegou a causar alguma recepção negativa, é que jogadores apenas controlavam o protagonista do game anterior, Solid Snake, por uma pequena parte do game, sendo substituído então por um novo personagem chamado Raiden.

Tanto Snake quanto Raiden têm como objetivo impedir que um grupo terrorista intitulado Sons of Liberty coloque as mãos na poderosa arma Metal Gear Ray. Atualmente o game pode ser jogado na coletânea Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 para PlayStation 5 (PS5) e PlayStation 4 (PS4).

A primeira aventura do personagem de pano Sackboy da Media Molecule no PS3 chamou bastante atenção na época ao introduzir a possibilidade de criar suas próprias fases com um nível de liberdade até então nunca antes visto. Em um mundo feito de materiais de artesanato como papelão, pano, linha e mais, jogadores controlam Sackboy através de fases de plataforma lateral com física, como se fosse um jogo 2D em gameplay, mas com visuais em 3D.

Além de jogar as fases era possível criar fases originais usando uma infinidade de objetos, adesivos e fantasias para Sackboy, mais tarde enviando-as para um servidor online onde outros usuários podiam também baixá-las e jogá-las. O game foi tão popular que seus servidores foram fechados apenas em 2021.

Após a série Gran Turismo ter dois games de grande sucesso no PlayStation original havia uma grande expectativa sobre sua transição para uma nova geração de consoles no PS2 e Gran Turismo 3: A-Spec da Polyphony Digital não decepcionou. Enquanto Gran Turismo 2 teve um foco em expansão com centenas de carros, Gran Turismo 3 reduziu um pouco a quantidade de veículos, mas em compensações trouxe visuais inéditos para a época, além de grande evolução na física, som e elementos que deixavam a simulação ainda mais realista. A série usufruiu de um novo período de graças no PlayStation 2 onde era considerada o ápice dos games de corrida.

O PS3 não foi um console de tanto sucesso para a Sony quanto o PSOne e PS2 devido a um lançamento conturbado em 2006 e forte concorrência do Xbox 360. Apesar disso, já no final de sua vida o console recebeu um título que chamou a atenção de todos os outros gamers, o primeiro The Last of Us da Naughty Dog. O game conta a história de um mundo dizimado por um fungo Cordyceps que transformou pessoas em algo semelhante a zumbis, colocando jogadores no controle de Joel, um homem que perdeu sua filha durante o surto inicial e agora sobrevive como pode em uma pequena comunidade.

Sua história se complica quando seu trabalho cruza com Ellie, uma jovem que possui imunidade ao fungo e precisa ser levada em uma grande jornada até um laboratório onde podem desenvolver uma vacina com seu sangue. O jogo mistura gameplay de exploração, tiroteio e furtividade contra inimigos humanos e também mutantes alterados pelo fungo. Atualmente há um remake disponível como The Last of Us Parte 1 no PlayStation 5 (PS5).

Apesar de The Last of Us ter sido um último gol de honra do PS3 no mesmo ano de lançamento do PlayStation 4 (PS4), a melhor forma de jogar a obra-prima foi, sem dúvida, no ano seguinte, com The Last of Us Remastered para o então novo console da Sony. Além de melhorar os visuais usando a potência extra de uma nova geração de videogame, The Last of Us Remastered incluía ainda a DLC The Last of Us: Left Behind do jogo original. Esta expansão contava uma história extra se aprofundando no passado de Ellie, mostrando como ela acabou se contaminando. The Last of Us Parte 1 no PlayStation 5 (PS5) é atualmente a melhor forma de jogar o clássico trazendo novidades como melhor inteligência artificial para os inimigos e visuais refeitos.

A série God of War que contava a história de como o guerreiro espartano Kratos se tornou o novo Deus da Guerra da mitologia grega foi um sucesso desde seu lançamento no PS2 em 2005 até sua conclusão no PS3 com God of War 3 em 2010. O que muitos jogadores não esperavam é que ele retornasse tantos anos depois em 2018 com God of War da Sony Santa Monica, um "soft reboot" que continuou a história de Kratos, agora na mitologia nórdica e acompanhado de seu filho Atreus.

O novo game trouxe um gameplay um pouco menos frenético, ainda com combates violentos, mas focando-se mais na exploração, quebra-cabeças e narrativa. A história conta como Kratos deve escalar a montanha mais alta de todos os reinos para despejar as cinza de sua esposa que faleceu, aprendendo a se conectar com Atreus durante a jornada.

O título mais recente da lista foi o surpreendente Astro Bot, da Team Asobi, um novo game de plataforma 3D para o PlayStation 5 (PS5) estrelando o robô Astro do jogo de realidade virtual Astro Bot Rescue Mission e da demonstração do PS5 Astro's Playroom. O game conta com uma grande dose de metalinguagem com a nave mãe de Astro sendo um PlayStation 5 (PS5), o qual é abatido e faz com que ele perca os membros de sua tripulação. Ao explorar fases para resgatá-los Astro irá obter vários power-ups como luvas de sapo que podem ser usadas para agarrar coisas, a capacidade de absorver água para se tornar gigante e até mesmo um cachorro mecânico que serve de jato.

O jogo tem todo um tom comemorativo dos 30 anos de PlayStation já que vários membros da tripulação de Astro são na verdade referências a outras franquias da empresa, como Uncharted, Horizon, Parappa the Rapper, entre outros.

Um dos muitos RPGs de sucesso da Square Enix no console da Sony, Chrono Cross é um jogo com conexões temáticas com Chrono Trigger de 1995 no Super Nintendo, como viagem no tempo e realidades paralelas criadas por alterações no passado. Jogadores controlam um jovem chamado Serge que um dia misteriosamente vai parar em uma versão diferente de seu mundo, uma na qual ele morreu quando criança e seus amigos não têm lembrança dele.

A gameplay de batalha do jogo utiliza o tradicional sistema de combate em turnos e há uma grande quantidade de personagens que podem ser recrutados para sua equipe durante a aventura, mais de 40, o que foi um ponto que chamou atenção na época. Atualmente o jogo está disponível em uma versão remasterizada Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition para PlayStation 4 (PS4), Xbox One, Nintendo Switch e PC.

A jornada de Kratos no God of War de 2018 colocou o antigo Deus da Guerra e Atreus contra figuras mitológicas poderosas dos contos nórdicos, culminando em um confronto que ceifou a vida de um desses deuses. Agora, em meio ao prenúncio do Ragnarok, a grande batalha entre deuses nórdicos que destruirá o mundo, Kratos e Atreus precisam lidar com as consequências de seus atos e decidirem se irão cumprir seu papel nas profecias ou encontrar uma forma de frustrá-las tecendo seu próprio destino. A jogabilidade de ação e exploração é uma extensão do game de 2018, porém com mais velocidade e combos que remetem aos games da trilogia clássica.

Depois das controvérsias sobre o protagonista de Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, o terceiro game da série, Metal Gear Solid 3: Snake Eater da Konami trouxe de volta o personagem Snake para o centro da ação, porém não Solid Snake. O jogo é estrelado pelo por Naked Snake, que se tornaria depois "Big Boss", personagem do qual Solid Snake foi clonado, em uma missão para impedir sua antiga mentora "The Boss" de entregar uma arma nuclear para forças inimigas.

Nesta aventura várias concepções sobre a gameplay da série foram alteradas, enviando jogadores para o meio da selva onde precisaram encontrar formas de sobreviver como caçando animais e criando camuflagens específicas para cada ambiente, mas ainda com batalha de chefes marcantes e exageradas. A edição Subsistence trouxe algumas pequenas melhorias para o jogo, porém seu maior avanço em relação à versão Snake Eater foi a adição de uma câmera em terceira pessoa, que combinava mais com o gameplay quando comparada à câmera aérea que a série teve em todos os seus capítulos até então.

Como já mencionado, o PlayStation 3 foi um console com muitas dificuldades quando comparado aos sucessos arrebatadores do PlayStation One e PlayStation 2, mas ele teve também momentos incomparáveis, como o lançamento de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots da Konami, título que até hoje só pode ser jogado no console. O quarto game da série Metal Gear Solid impressionou na época principalmente pelos seus visuais, muito a frente de outros títulos lançados até então, e surpreendia em sua história ao trazer de volta personagens como Solid Snake e Raiden.

Ambos aparecem completamente diferentes com Snake muito envelhecido devido ao seu DNA clonado e Raiden como um ciborgue que receberia seu próprio spin-off depois em Metal Gear Rising Revengeance. A gameplay em terceira pessoa foi mantida como um novo padrão para a série e coloca Snake para tentar descobrir quem são os verdadeiros vilões nos bastidores em meio a guerras travadas por exércitos privados de mercenários.

O primeiro jogo na série God of War foi um dos pontos mais altos do PS2 apresentando jogadores à história de Kratos. Inicialmente um guerreiro espartano, ele pede ao Deus da Guerra Ares poder para subjugar seus inimigos, mas em sua raiva cega ele acaba matando sua esposa e filha, jurando vingança pelo Deus que o enganou. Diferente do God of War lançado em 2018 para PlayStation 4 (PS4) a câmera do game original era mais distante, em ângulos fixos, permitindo uma maior visão da ação e efeitos visuais raros de iluminação e reflexo no PS2.

O jogo também resolvia um problema do gameplay de combates 3D, a dificuldade de percepção de distância e direção, com as Lâminas do Caos de Kratos, espadas presas em correntes que atacavam no formato de um arco. O combate também era marcado por confrontos contra grandes criaturas, nas quais o jogador precisava apertar apenas alguns botões para realizar grandes feitos, as chamadas "Quick Time Events" (QTE) que foram aclamadas na época, mas depois se tornaram malvistas na indústria de games.

A chegada da série de luta Virtua Fighter, muito popular nos fliperamas do Japão, no PS2 foi um marco na história da produtora Sega que poucos anos antes ainda estava na corrida de consoles com o Dreamcast, encerrado em 2001, no qual Virtua Fighter 3 havia sido lançado em 1999. A franquia é conhecida por seu estilo de luta mais técnico e realista em relação a games como Tekken ou Dead or Alive na época, o qual colocava vários estilos de artes marciais para se enfrentarem. Jogadores precisam dominar mecânicas complexas como saber o momento certo de desviar de golpes e tomar cuidado ao atacar para não deixar seu lutador vulnerável.

Seguindo o sucesso do primeiro The Last of Us a sequência do game da Naughty Dog continua a história do jogo anterior com jogadores agora no controle de Ellie, já mais velha e vivendo em uma pequena comunidade. A humanidade começa a reconstruir sua vida apesar do fungo, porém ciclos de violência continuam a ser um problema, como quando um culto ataca a comunidade em que Ellie está ou quando a morte de um ente querido a lança em uma jornada por vingança.

O game introduz também uma nova protagonista jogável, Abby, cuja jornada se alterna com a de Ellie mostrando um outro ponto de vista dos eventos. A jogabilidade é uma evolução do original com maior foco em inimigos humanos com inteligência artificial mais avançada, mas também com alguns monstros marcantes tomados pelo fungo Cordyceps. O game recebeu também uma versão remasterizada no PlayStation 5 (PS5) como The Last of Us 2 Remastered.

Em consequência dos eventos do primeiro God of War do PS2, Kratos se tornou o novo Deus da Guerra, mas os outros deuses não estão satisfeitos com suas ações, colocando o guerreiro espartano em uma nova jornada agora contra todo o Olimpo, principalmente Zeus. O gameplay de God of War 2 é uma expansão do original com combates ainda mais impressionantes, diferentes armas para Kratos e artefatos que garantem habilidades extras, levando a campanha a ser um pouco maior que a do original. No entanto em seu confronto final contra Zeus, o criador consegue fugir, estendendo a conclusão da saga para o próximo capítulo que sairia em 2010 no PS3.

Nos anos 90 esportes radicais eram extremamente populares e o PlayStation One e Nintendo 64 tiveram fortes games de snowboard com séries como Cool Boarders e 1080°. Tudo mudou com o lançamento do PlayStation 2 no entanto e a chegada de SSX da Electronic Arts, uma nova série que se tornou a mais popular do esporte. O gameplay de SSX é um misto de corrida com truques trazendo modalidade voltadas para cada estilo de disputa, além de chefes e perigosas avalanches, tudo isso enquanto jogadores percorrem montanhas desafiadoras repletas de caminhos alternativos e oportunidades para combos.

A série Persona, da Atlus, nasceu e se popularizou nos consoles PlayStation desde o primeiro game spin-off da série Shin Megami Tensei no PSOne em 1996. Em seu quinto capítulo jogadores controlam Joker, um jovem que desperta o misterioso poder das "Personas" e ganha a habilidade de entrar no subconsciente de pessoas, onde é capaz de roubar suas memórias mais preciosas e mudar o caráter de criminosos. Ao lado de amigos que também despertam o poder das Personas, Joker forma um grupo chamado Ladrões Fantasmas de Corações para mudar a índole de criminosos na sociedade.

Ao mesmo tempo eles investigam um misterioso local subterrâneo chamado Mementos, que guarda segredos sobre o inconsciente coletivo da população. O game alterna entre momentos de exploração e combate em turnos nos quais personagens usam suas personas para atacar e trechos de simulação de vida em que o protagonista e seus amigos frequentam a escola, fazem amizades e até desenvolvem romances. Persona 5 é um RPG com mais de 100 horas de duração e há ainda uma versão com extras chamada Persona 5 Royal.

Atualmente com a hegemonia de EA Sports FC 25, série sucessora de FIFA 23, é difícil imaginar que 20 anos atrás a Konami dominava o mercado de games de futebol com sua série Pro Evolution Soccer, também chamada de Winning Eleven em alguns mercados, sendo seu nome original no Japão. O primeiro Pro Evolution Soccer trouxe um grande salto gráfico para a série no PlayStation 2, mas foi o capítulo seguinte que a estabilizou com a melhor experiência de futebol em seu tempo.

Os jogos da série PES não costumavam ter o nome dos atletas por não serem licenciados como os games FIFA, mas sempre foram considerados a melhor experiência em relação ao esporte nos consoles. A série foi especialmente popular no Brasil onde PES e Winning Eleven eram nomes que dispensavam apresentações.

Em um tempo onde atualizações de games pela Internet não eram comuns, não era raro que jogos de luta recebessem versões melhoradas como Virtua Fighter 4: Evolution da Sega que adicionava um pouco de novo conteúdo, ajustava o equilíbrio do game original e mais. Houve algumas grandes mudanças nesta edição, a começar por 2 novos personagens: Goh Hinogami, um lutador de judô focado em agarrões e arremessos, e Brad Burns, um lutador de Muay Thai que dá preferência a atacar bem de perto.

Outros lutadores do elenco tiveram ajustes para equilibrar o jogo, além de alguns receberem novos golpes. Por último foi adicionado um modo Quest no qual usuários controlavam um personagem viajando por fliperamas completando missões, semelhante a modos atuais em títulos como Street Fighter 6 e

O capítulo final da saga Uncharted da Naughty Dog foi o primeiro da série a ser lançado para o PlayStation 4 (PS4) enquanto a trilogia original estava no PlayStation 3. A mudança de plataforma permitiu que os visuais do game impressionassem ainda mais, além de trazer grandes áreas abertas para explorar em algumas fases. O game segue o protagonista Nathan Drake, aposentado após suas aventuras, porém sentindo falta da emoção de sua antiga vida.

Neste momento ele é encontrado por seu irmão, quem Drake pensava estar morto, com uma dica de um último tesouro para caçarem. Assim como em outros games da série jogadores se envolverão em tiroteios, perseguições e quebra-cabeças para encontrar relíquias valiosas e sobreviverem contra uma força paramilitar tentando ultrapassá-los na caçada.

A série de corrida futurista da Psygnosis teve seu segundo game em 1997, um pouco após o primeiro Wipeout de 1995 no PSOne. No game usuários controlam veículos flutuantes em corridas velozes por pistas com saltos e abismos perigosos. Wipeout XL aumentou a velocidade do game em relação ao original, extraindo mais do que se imaginava que o primeiro PlayStation poderia oferecer em matéria de velocidade, enquanto retrabalhou o sistema de armas. No primeiro Wipeout a competição era mais amigável, com armas voltadas para desacelerar seus oponentes, enquanto em Wipeout XL sua intenção é realmente destrui-los com armas ou empurrando-os contra a pista.

No ano seguinte após Pro Evolution Soccer 2 a Konami trouxe mais uma evolução para a franquia, inclusive criando sua própria engine para gerar gráficos, disputando com FIFA 2004 novamente no quesito visuais onde estava perdendo até o ano anterior. Este foi também o capítulo que introduziu a possibilidade de realizar truques e dribles com o analógico direito, anteriormente utilizado para realizar passes. Em sua época, a série Pro Evolution Soccer trazia a experiência definitiva de futebol a cada novo game anual e Pro Evolution Soccer 3, ou Winning Eleven 7, não era exceção.

O Deus da Guerra Kratos teve seus dois games de grande sucesso no PS2, mas foi no PS3 que ele finalmente encerrou sua saga de vingança. Em God of War 3 o espartano se une aos Titãs para enfrentar os deuses do Olimpo e acabar de uma vez por todas com Zeus, iniciando uma guerra de imensas proporções. A jogabilidade se manteve familiar em relação aos games anteriores e enquanto seus visuais tiveram um bom salto gráfico, o jogo não era dos mais impressionantes no PS3.

Isso provavelmente aconteceu pois o design dos primeiros God of War foi feito para aproveitar os limites de um console mais fraco, como ao manter o personagem mais distante da câmera. Ainda assim há momentos que God of War 3 impressiona bastante, principalmente quando os gigantescos Titãs estão em cena. A série termina com uma cena impactante que por muitos anos fez jogadores se questionarem sobre o destino de Kratos, até serem tranquilizados em 2018.

O terceiro jogo da série Uncharted no PS3 demonstrou o quanto a Naughty Dog dominava o hardware do console da Sony trazendo alguns dos melhores visuais do videogame com efeitos de água, reflexo, fogo e principalmente areia. Neste capítulo Nathan Drake e seus amigos estavam em busca da cidade perdida de Irã dos Pilares, passando por maus bocados contra uma sociedade secreta.

Este é inclusive o game de onde veio a icônica cena do personagem pendurado em um avião em pleno voo que acabou indo parar no filme de Uncharted: Fora do Mapa com o ator Tom Holland no papel de Drake. Assim como Uncharted 2: Among Thieves, o terceiro game está disponível em uma versão remasterizada na coletânea Uncharted: The Nathan Drake Collection para PlayStation 4 (PS4) e retrocompatível com o PS5, porém sem seu multiplayer online.

Um dos maiores sucessos do PlayStation One, Final Fantasy 7 lançado em 1997, está sendo refeito pela produtora Square Enix em uma trilogia de games com visuais e jogabilidade moderna, além de partes ampliadas e reimaginadas. O primeiro capítulo da saga, Final Fantasy 7 Remake, se passava todo na cidade de Midgar do começo do jogo, enquanto Final Fantasy 7 Rebirth traz sua continuação levando Cloud e seus amigos para explorar em busca do vilão Sephiroth.

O game não chega a ser um título de mundo aberto, mas oferece áreas abertas para explorar, interconectadas para criar um grande mapa, repleto de missões, inimigos e detalhes que podem ser apreciados. O sistema de batalha de Final Fantasy 7 Remake foi mantido com batalhas mais voltadas para a ação em relação às batalhas em turnos do original, além de adicionar novos ataques em dupla por um sistema de sinergia.

Um game bem diferente da maioria, Journey foi um título independente lançado primeiro no PlayStation 3 pelo estúdio Thatgamecompany e publicado pela Sony, um pouco curto, porém marcante. No game usuários controlam um viajante em um robe vermelho deslizando de maneira suave e prazerosa pelo deserto com o objetivo de chegar ao topo de uma montanha brilhante. O jogo praticamente não tem história que seja explicada de uma maneira direta, mas é possível desvendar seus mistérios de maneira indireta.

Durante sua jornada ocasionalmente o game conecta usuários em um multiplayer sem comunicação, permitindo que partilhem a aventura sem saber quem é a pessoa do outro lado. Journey se tornou uma experiência bastante profunda para vários usuários e está disponível em uma versão para PlayStation 4 (PS4) retrocompatível com o PS5.

Uma parceria incrivelmente proveitosa entre a Sony e a produtora From Software, conhecida pela série Dark Souls, gerou o aclamado Bloodborne. Neste game usuários controlam um caçador sem nome em um período vitoriano lutando pelas ruas da cidade de Yharnam, infestadas por criaturas disformes que um dia foram os seus habitantes antes de serem contaminados por uma doença de sangue.

Bloodborne possui várias das características encontradas em games como Dark Souls I, como combate punitivo, alto nível de dificuldade e chefes que exigem várias tentativas para aprender suas rotinas antes de conseguir vencer. Bloodborne é até hoje aclamado por jogadores que desejam ver um remake ou remaster no PlayStation 5 (PS5).

Um RPG um pouco menos conhecido da Square Enix para o PlayStation One é Vagrant Story, que possui alguns dos visuais de personagens mais detalhados do console. O game segue a história de Ashley Riot, um cavaleiro do reino de Valendia que é enviado para liberar a mansão de um duque tomada por cultistas, mas ao enfrentá-los uma situação mais complexa se revela deixando o personagem sem ter certeza de qual direção tomar.

Tão intrigante quanto sua história é a jogabilidade de Vagrant Story que traz um sistema de RPG curioso em que o personagem tem um certo alcance de ataque e pode mirar em membros específicos de seus alvos para causar efeitos adversos, como afetar sua mobilidade ou capacidade de atacar. O sistema de combate de Vagrant Story é bastante profundo e exige bastante esforço para dominar.