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90% de eficácia: como drones são usados para exterminar mosquito da dengue

Inicialmente, a Técnica do Inseto Estéril previa a soltura dos mosquitos apenas por terra. Porém, buscando melhorar a eficiência do método, Machado passou a desenvolver pesquisas para que essa soltura pudesse ser feita através de drones. Os equipamentos são capazes de liberar um maior volume de insetos, em uma área maior e de forma mais homogênea, aprimorando a TIE.

Na soltura por terra, os machos estéreis são armazenados em tambores e são liberados semanalmente em carros abertos. Já o método de soltura aérea possibilita reduzir em 90% a população dos mosquitos e novos casos da doença entre três e quatro semanas. No caso da soltura terrestre, esses índices são atingidos entre três e quatro meses, justifica o cientista brasileiro, que lidera o projeto.

Um drone pequeno tem capacidade de fazer a soltura de 17 mil insetos por voo, durante dez minutos em uma área de 100 mil metros quadrados. Ou seja, é possível lançar quase 300 mil insetos por dia.

A soltura por drones é muito mais rápida, de baixo custo e fácil operação, possibilitando lançar maiores quantidades de insetos de forma mais homogênea. Isso se reflete em mais locais tratados e em maiores chances dos machos estéreis encontrarem fêmeas selvagens no interior dos terrenos, onde são localizados os criadouros.
Ricardo Machado, cientista

Também é possível liberar os mosquitos de forma descentralizada nas cidades, de acordo com as estratégias de vigilância adotadas pelos agentes de saúde locais. Ainda segundo o cientista, em regiões com grande probabilidade de surtos de dengue, como as afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, essa tecnologia pode ser uma aliada no combate à doença.

A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa Biota (Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade de São Paulo) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado), em parceria com a Embrapa Instrumentação e apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), também da Fapesp.

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