No Reino Unido, a Justiça inglesa condenou a anglo-australiana BHP — dona da Samarco junto com a Vale — a pagar uma indenização bilionária às vítimas de Mariana. É a maior ação coletiva ambiental da história da Justiça inglesa, reunindo 620 mil pessoas. O valor ainda não foi calculado. Marcelo Bacci, diretor financeiro da Vale, não vê a condenação no Reino Unido como risco para a mineradora, por considerar que o Brasil é a jurisdição apropriada. Mesmo assim, a Vale fez uma provisão adicional de US$ 500 milhões, além dos US$ 4,5 bilhões do acordo assinado na Justiça brasileira.
"Continuamos a trabalhar com pessoas, instituições e companhias para trazê-las para o acordo brasileiro. Inclusive o Supremo Tribunal Federal acredita que é a jurisdição correta. Será um processo de três ou quatro anos no Reino Unido. No Brasil, elas receberão imediatamente", pondera.
Agora, a batlha é fora dos tribunais. A Vale luta para reconstruir sua imagem. Quer ser vista como parceira estratégica do mercado e do governo federal na agenda de minerais críticos e transição energética. O governo Trump deu uma ajudinha ao colocar na ordem do dia a superdependência mundial de terras raras e minerais críticos da China.
Minerais críticos e transição energética
O planejamento para minerais críticos inclui dobrar a produção de cobre, essencial na eletrificação, para 700 mil toneladas até 2035. Além disso, a Vale divulgou hoje fato relevante comunicando a assinatura de um contrato da subsidiária Vale Base Metals, no Canadá, com a Glencore Canada para avaliar um projeto conjunto de desenvolvimento de cobre em uma área já explorada, próxima a Bacia de Sudbury. Caso mostre viabilidade, a intenção é formar uma 'joint venture' com a canadense para acessar novos depósitos de cobre, com previsão de produzir 880 mil toneladas nos próximos 21 anos. Além do cobre, as empresas também produzirão níquel, cobalto, ouro e outros minerais críticos.
A segunda perna dessa estratégia é produzir aço diminuindo a pegada de carbono. "O minério de ferro será usado para descarbonizar o aço. Isso já está acontecendo na Europa, Ásia e nos Estados Unidos. Os fornos tradicionais a carvão estão sendo substituídos pelos elétricos", afirma Rogério Nogueira, vice-presidente comercial e de desenvolvimento. "Nós acreditamos estar unicamente posicionados para sermos um 'player' dominante na indústria de aço verde. Nosso objetivo é pensar como seremos pioneiros e criar a cadeia de produção mais competitiva para nos tornarmos líderes do mundo descarbonizado", completa.

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