Em tempos de transição energética global, o segmento agrícola não poderia ficar de fora desse tema. No Brasil, se forem consideradas as diversas formas que compõem a matriz de energia nacional (seja a geração de eletricidade, por meio da queima de biomassa como a cana-de-açúcar, ou a produção de combustíveis como etanol e biodiesel), o setor já é responsável por fornecer 29% da energia usada no País e, se for analisado apenas o grupo das fontes renováveis, esse percentual sobe para 60%. No entanto, olhando pelo viés de consumo, o agronegócio ainda é muito vinculado às fontes fósseis.
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Em tempos de transição energética global, o segmento agrícola não poderia ficar de fora desse tema. No Brasil, se forem consideradas as diversas formas que compõem a matriz de energia nacional (seja a geração de eletricidade, por meio da queima de biomassa como a cana-de-açúcar, ou a produção de combustíveis como etanol e biodiesel), o setor já é responsável por fornecer 29% da energia usada no País e, se for analisado apenas o grupo das fontes renováveis, esse percentual sobe para 60%. No entanto, olhando pelo viés de consumo, o agronegócio ainda é muito vinculado às fontes fósseis.
Essas constatações compõem o estudo “Dinâmicas de Demanda e Oferta de Energia pelo Agronegócio" do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV). A pesquisa frisa que o setor agropecuário é, por natureza, um demandante relevante de energia em diversas etapas produtivas – desde a mecanização agrícola, passando pela irrigação, climatização de ambientes produtivos, até o transporte de insumos e produtos.
De acordo com o levantamento, o segmento no País mantém uma elevada dependência de combustíveis fósseis, especialmente diesel, que responde por 73% da energia direta consumida no campo, valor superior à média mundial (70%). Já a eletricidade representa 27% do consumo energético da agropecuária nacional, índice próximo ao global (informações embasadas em dados da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, de 2023).
No contexto brasileiro, indica o trabalho, apesar da matriz elétrica nacional ser composta majoritariamente por fontes renováveis, a baixa participação da eletricidade no agro reflete limitações de infraestrutura elétrica rural, elevado custo de eletrificação de máquinas agrícolas e predominância de combustíveis líquidos no campo, particularmente diesel e gasolina. Conforme a publicação, esses apontamentos reforçam que “o agronegócio brasileiro possui vantagens competitivas importantes em termos de eficiência energética física e econômica, mas permanece exposto a riscos econômicos e climáticos associados à sua dependência de fósseis, especialmente em segmentos de produção de commodities agrícolas e pecuárias de baixo valor agregado”.
Diante desse cenário, sob a ótica da demanda energética, o fortalecimento da competitividade do setor passa por expandir o uso de biocombustíveis em substituição ao diesel nas operações no campo, intensificando as iniciativas de adoção do biogás, etanol e do próprio biodiesel em veículos pesados. Além disso, é aconselhável aumentar o uso da eletrificação nas operações agropecuárias com tecnologia viável e garantir infraestrutura para oferta de energia elétrica no meio rural, aproveitando a matriz elétrica limpa do País. As restrições impostas pela infraestrutura comprometem, exemplifica o estudo, o uso da energia elétrica para a irrigação em algumas regiões, dificultando o desenvolvimento no campo.

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