A economia do Rio Grande do Sul terá um crescimento significativo em 2024 muito em função do agronegócio. O Estado terá uma safra cheia, que não será extraordinária, mas será uma safra que, comparada com a do ano passado, será significativamente maior.
O diagnóstico é da economista-chefe da Fecomércio/RS, Patrícia Palermo, que nesta quarta-feira (28) participou do evento "Plano de Voo", organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Porto Alegre) e realizado no Nau Spaces. "Este ano, esperamos um ano normal na agricultura gaúcha. Não esperamos problemas maiores na safra e, por tudo isso, a projeção é de aceleração da economia do Rio Grande do Sul", destaca.
A economista afirma que, diferentemente do que aconteceu em outros anos em que a economia gaúcha descolou da brasileira para baixo, o ano 2024 será o da vez dos gaúchos descolarem para cima do resto do País. Porém, Patrícia Palermo afirma que há desafios do ponto de vista estrutural: os problemas fiscais e a questão demográfica com o envelhecimento da população.
"Temos o problema da migração, ou seja, muita gente está indo embora do Rio Grande do Sul, o que provoca também o processo de envelhecimento da população", comenta. Para a economista-chefe da Fecomércio/RS, o Estado precisa melhorar o ambiente de negócios urgentemente. "Se a gente não consegue reverter a questão da natalidade, pelo menos temos que conseguir reverter o processo das migrações", acrescenta.

Com relação à economia brasileira, Patrícia disse que será "morna" em 2024, mas a gaúcha deve apresentar aceleração no crescimento. "Na economia brasileira, não vamos ter a mesma situação que em 2023, quando foi um ano extraordinário para o agronegócio. Também não vamos ter a mesma quantidade de benefícios fiscais", ressalta. No entanto, a economista aponta que será um ano positivo para os serviços, com expectativa de que a massa real do salário continue crescendo, que ocorra um aumento no número de empregos criados e redução de taxa de juros.
No cenário internacional para 2024, Patrícia Palermo recomenda que a atenção dos empresários esteja na economia norte-americana e chinesa. "A economia dos Estados Unidos tem uma capacidade de crescer e foi desenhada para funcionar com juros baixos", comenta.
Já Paulo Uebel, sócio da Ernst Young, disse que o Rio Grande do Sul precisa aproveitar as reformas que foram feitas através de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) que modernizaram o Estado para atrair novos investimentos. "Comparado com o Brasil, o Estado tem a oportunidade de crescer mais que a média dos outros estados. Mas, tudo isso depende de manter as regras estáveis e um ambiente de negócios favorável ao investimento", explica
Uebel elogiou Porto Alegre por ser a Capital que abre negócios mais rápido, o que é um avanço importante. "Precisamos levar essa regra para outras cidades, principalmente às cidades menores, do Interior do Rio Grande do Sul, que ainda têm regras atrasadas", acrescenta.
O economista-chefe da Fecomércio/RS, Oscar Frank, disse que 2024 será o ano de recuperação cíclica da economia do Rio Grande do Sul, muito em função do crescimento exuberante do setor do agronegócio, que terá uma safra mais próxima da normal, e devido à recuperação da indústria. "São fatores que vão ajudar muito no crescimento do Estado."
A pesquisa
O encontro realizado em Porto Alegre faz parte do "Plano de Voo Amcham 2024", pesquisa nacional realizada pela entidade com 775 empresários de todo o País, divulgada no início do mês, que indica quais as expectativas para os negócios neste ano e quais são as prioridades de líderes, executivos, gestores e CEOs com relação às ações do governo.
Entre os participantes, 93% esperam crescimento nas receitas de suas empresas neste ano, sendo que quase metade deles projeta aumento acima de 15%. O resultado positivo decorreria de aumento de vendas no mercado interno (72%), maior capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganho de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros motivos.
Entre as principais medidas esperadas em relação ao governo para o crescimento da economia estão o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), bem como a segurança jurídica e redução da burocracia (62%).

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