O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse na noite desta sexta-feira (12) que a aprovação do PL da Dosimetria não é um bom exemplo porque passa a ideia de punições brandas para crimes de colarinho branco.
"Eu acho que a gente nunca deve fazer mudanças legislativas baseadas em questões momentâneas. Legislação deve ter estabilidade, deve ser mais estrutural, ela não deve ser motivada por questões locais. E de outro lado também, reforça uma sensação na opinião pública de quando é pessoa mais simples, aí é dureza. Mas para o crime do colarinho branco, para os mais poderosos, a branda. Não é um bom exemplo", disse Alckmin.
O vice-presidente também celebrou a revogação das sanções impostas pelo governo Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por meio da Lei Magnitski e disse que o presidente Lula teve papel importante para a medida.
"É uma decisão importantíssima e justa, porque ninguém pode ser punido por exercer o seu dever, que é o dever do ministro da Suprema Corte. Então acho que foi importante essa medida do governo americano, é um ato de justiça, um reconhecimento do trabalho da Suprema Corte brasileira, então a gente sempre fica feliz de ver a justiça preponderar", disse.
Alckmin deu as declarações durante a festa de fim de ano do Grupo Prerrogativas, de advogados de esquerda e ligados ao governo Lula (PT).
O vice é um dos homenageados pelo grupo nesta noite, assim como os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Os três são cotados por integrantes do PT como possíveis candidatos na chapa em São Paulo no próximo ano.
Advogados do Prerrogativas têm trabalhado pelo nome de Tebet ao Senado e articulado por uma mudança dela para o PSB.
Haddad é visto como o nome forte do PT para sair candidato ao governo paulista em 2026. Ele admitiu, em entrevista ao jornal O Globo, que pode deixar o cargo de ministro até abril do ano que vem, embora não tenha deixado claro se seria para uma eventual candidatura.
O presidente Lula também compareceu ao evento, realizado na Casa Natura, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Também estiveram presentes a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), e o ex-ministro do STF Luis Roberto Barroso.
Ele comentou ainda comentou que há muito a ser definido sobre o cenário eleitoral para 2026, em especial a anunciada candidatura presidencial do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Você vai ter vários candidatos, cabe aos partidos definir quem vai ser candidato. O fato é que o Bolsonaro, com o governo, gastando três vezes o PIB no ano da eleição para se reeleger, perdeu. Agora, fora do governo, é bem diferente", lembrou Alckmin, que enquanto vice de Lula estava na chapa que derrotou Bolsonaro nas eleições de 2022.
Alckmin também evitou dizer se sairá à reeleição como vice de Lula, conforme pleiteado pelo PSB, ou se pretende tentar se lançar ao Senado ou mesmo ao governo paulista, já que tem pontuado bem em pesquisas para os respectivos cargos.
"Vamos aguardar", disse ele.

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