Nós passamos algumas semanas com o modelo e contamos como foi a experiência.
O primeiro ponto que merece atenção é que o Track GO é compatível tanto com iPhone quanto com aparelhos Android, o que faz dele uma opção versátil.
A interface de controle nos smartphones é um app chamado VeryFit, cujo maior mérito é ter uma operação bastante simples e intuitiva.
O visual do Track GO segue uma linha similar à vista nos smartwatches da Apple, com um formato retangular e cantos arredondados. É, portanto, um relógio que não tenta se passar por um modelo mais tradicional.
Ele conta com apenas um botão, que serve como função "Home" e também como atalho para ativar a Alexa (falaremos disso adiante).
O acabamento é simples e, nesse caso, isso significa praticidade: as pulseiras são de silicone, facilmente removíveis, e o fecho é bem tradicional. E ele é leve, com apenas 39,5 gramas.
As especificações não são brilhantes e isso foi descoberto na prática, uma vez que a marca dá poucos detalhes sobre quesitos como velocidade do processador e memória RAM.
A navegação no Track GO não é das mais rápidas, fazendo com que transições de imagens na tela de 1,69 polegada pareçam meio "engasgadas". É possível escolher entre diversas "faces" para o relógio e ele tem menus em português.
Por outro lado, em nenhum momento do uso o relógio travou, o que é uma boa notícia.
Outra qualidade é a bateria, que tem 300 mAh e dura até sete dias. Nos testes, ela alimentou tranquilamente o gadget por cinco dias, mesmo com o relógio sendo usado diariamente.
Alexa de pulso
O principal atrativo do Track GO é, sem dúvidas, a assistente Alexa "embutida". As aspas têm uma razão de serem usadas, uma vez que o relógio, por não ter conexão com a internet, ainda depende de um aparelho intermediário para isso. No caso, é o seu celular.
Com o smartphone por perto, é possível usar a Alexa por meio do relógio tanto via comandos de voz quanto ao segurar o botão do aparelho.
As principais funções da assistente estão disponíveis, o que inclui responder a determinadas perguntas, consultar informações (como trânsito ou clima) e também controlar dispositivos inteligentes à distância —considerando que eles estejam conectados a uma rede wi-fi e pareados com a Alexa.
É um recurso interessante, mas que tem mais a ver com a comodidade de usar a assistente em um aparelho de pulso ao invés de pegar o celular do bolso (ou da bolsa/mochila) para isso.
Os alto-falantes e microfones do relógio também abrem outras possibilidades que não vemos nos concorrentes, como ouvir música e fazer ou receber chamadas de voz. Esse recurso, no entanto, se mostrou mais interessante na teoria do que na prática, uma vez que ele depende de um ambiente mais silencioso para que os sons sejam bem compreensíveis.

Esportes e saúde
O Track GO não foge muito do padrão quando se fala em monitoramento esportivo e de saúde. Ele conta com um bom número de modalidades esportivas —60 ao todo—, contemplando os principais tipos de exercícios que alguém pode fazer.
É importante citar que o Track GO não possui GPS embutido e isso significa que você terá que ter o celular por perto para que ele faça um cálculo mais exato de parâmetros como distância percorrida.
Na parte de saúde, o gadget monitora batimentos cardíacos, oxigenação sanguínea e sono, além de medir o nível de estresse e promover exercícios de respiração. No app, é possível também que mulheres cis façam o controle do seu ciclo menstrual.
Vale a pena?
Se considerarmos o Track GO da i2GO apenas pelo viés de relógio inteligente, ele acaba não oferecendo muito além do que é visto em outros modelos dessa faixa de preço. Não é exatamente um demérito, uma vez que funções mais inovadoras ou complexas costumam ser exclusividade de modelos mais caros.
A integração com a Alexa, porém, é um diferencial e tende a fazer esse relógio ser mais atraente para quem costuma usar a assistente no dia a dia. Poder acioná-la no pulso é uma comodidade e o relógio funciona bem quando usado dessa forma.
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