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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (21), em discurso, que não precisa "gostar" dos presidentes dos países da região, mas sim, sentar na mesa com eles em busca de acordos.
Lula deu a declaração dois dias após o economista ultraliberal Javier Milei – que critica o Mercosul e deu declarações ofensivas a Lula nos últimos meses – vencer as eleições presidenciais na Argentina, no domingo (19).
O presidente brasileiro não citou Milei nominalmente, mas disse que não precisa gostar "do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela". Desses, apenas o argentino é de corrente ideológica oposta à de Lula.
Lula deu as declarações em um discurso na cerimônia de formatura de novos diplomatas no Instituto Rio Branco – escola de formação do Ministério das Relações Exteriores.
Ouça, no episódio abaixo do podcast O Assunto, mais detalhes sobre o desafio do Itamaraty para as relações Brasil-Argentina:
Brasil espera manter relação histórica com a Argentina após vitória de Milei
No discurso, Lula relembrou de mandatos anteriores e citou a importância da relação com a Argentina e demais vizinhos do continente.
Os primeiros mandatos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff no Brasil, de 2003 a 2016, coincidiram com os mandatos na Argentina de Néstor Kirchner e da mulher, Cristina Kirchner.
O casal, que "fundou" uma linha política conhecida no país como "kirchnerismo", é vinculado à corrente chamada de "peronismo", marcada por governos populistas, de ampla ação estatal e muito ligados a sindicatos – características próximas às dos governos petistas.
Javier Milei, por sua vez, venceu as eleições deste ano com discurso oposto, de viés ultraliberal e defensor do Estado mínimo. O presidente eleito já anunciou, por exemplo, que pretende privatizar empresas de comunicação e petróleo que hoje pertencem ao governo argentino.
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