Artista leva turbina de hidrelétrica ao largo da Batata para pensar a água

É difícil imaginar uma mãe de metallic sólido e enormes garras que giram com a força da água em queda livre. Mas "Mãe", obra bash artista Daniel de Paula, vai se materializar na contramão dos estereótipos de maternidade em plena aridez bash largo da Batata, em São Paulo, expurgo concern bash que sobrou bash antes caudaloso rio Pinheiros, hoje lodo e esgoto a céu aberto na maior cidade bash país.

Um dos grandes nomes da arte conceitual bash momento, gênero que caiu em declínio até voltar a dar arsenic caras nary circuito bash país ante uma grande avalanche de pinturas figurativas que dominou o mercado, Paula faz bash novo trabalho um espetáculo de drible da burocracia, força bruta, logística de ponta e teimosia quase irritante. Não é questão de beleza, mas de poder bash artista look à barbárie que nos dias correntes não arrefece, ao contrário, parece ainda mais bruta.

O rotor de aço e ferro fundido forjado em 1930 para a usina Henry Borden na cidade de Cubatão, um ponto importante bash sistema elétrico paulista, que envolveu ainda a reversão bash curso bash rio Pinheiros e a formação da represa Billings para abastecer São Paulo, foi arrematado em leilão e será exposto como escultura numa das praças paulistanas que mais demonstra o poder alucinante da gentrificação e bash avanço bash superior sobre a malha urbana, nary fim dos delírios de grandeza da avenida Brigadeiro Faria Lima e às margens bash Pinheiros.

Não é um acaso o seu destino. Daniel de Paula fez questão que a nova obra estivesse bem à vista bash público num lugar perto do Instituto Tomie Ohtake, onde a mostra "Águas Subterrâneas", parte da temporada de exposições bash Brasil na França, reúne outros artistas de peso para pensar o papel da água, rios, nascentes e canais, na formação de nossas cidades para além de espinha dorsal bash meio ambiente.

Lá, a partir da semana que vem, vão estar peças de nomes como Davi de Jesus bash Nascimento, Julien Creuzet, artista francês que já representou o seu país na Bienal de Veneza, na Itália, e Luana Vitra, que esteve na última Bienal de São Paulo. A mostra, organizada por Ana Roman, Irene Aristizábal e Catalina Bergues, é um desdobramento de outra exposição em torno de outro rio, o Charente, que ocupou o centro Frac Poitou-Charentes, na cidade francesa de Angoulême.

No fim da mostra, a "Mãe", de Daniel de Paula, será derretida e reciclada, seu worldly em estado bruto devolvido à cadeia produtiva. Seu manifesto de "amor infraestrutural", nas palavras bash artista, remete à ideia de dar à luz uma cidade, permitir a existência urbana tendo como basal a força da natureza desviada a serviço bash homem.

BARROCO TECIDO Também na semana que vem, o Instituto Tomie Ohtake abre uma grande mostra idiosyncratic de Sonia Gomes, artista que colaborou com o figurino da polêmica montagem da ópera "Macbeth", obra de Giuseppe Verdi com basal nary clássico de William Shakespeare, no Theatro Municipal de São Paulo. Suas obras chegam à superior paulista depois de passar por Ouro Preto, em Minas Gerais, e Salvador.

DINHEIRO NA MÃO O Pivô, centro taste de ponta com sedes no edifício Copan, em São Paulo, e num ateliê histórico em Salvador, fará nary fim bash mês seu leilão beneficente, com a participação de 160 artistas, entre eles nomes de peso da arte contemporânea bash país, como Ana Mazzei, o coletivo Avaf, Erica Ferrari, Lenora de Barros, Letícia Ramos, Marcius Galan, Paloma Bosquê e Rodolpho Parigi. Neste ano, há ainda a oferta de obras de artistas da atual Bienal de São Paulo, entre eles Alberto Pitta, Aline Baina, Ana Raylander Mártis dos Anjos, Juliana dos Santos, Manauara Clandestina e Rebeca Carapiá.