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Atentado em sinagoga: polícia de Manchester diz que pode ter atirado em vítimas acidentalmente

Em comunicado, a polícia de Manchester afirmou que duas das cinco vítimas do ataque, uma que morreu e outra que está ferida e já não corre risco de vida, apresentaram ferimentos de bala, e apenas policiais possuíam arma de fogo na situação.

"Atualmente, acredita-se que o suspeito, Jihad Al Shamie, não estava de posse de uma arma de fogo e que os únicos disparos efetuados partiram dos oficiais armados autorizados da Polícia de Manchester (GMP), enquanto trabalhavam para impedir que o agressor entrasse na sinagoga e causasse mais danos à nossa comunidade judaica. Portanto, sujeito a exames forenses adicionais, é possível que esse ferimento tenha sido, infelizmente, uma consequência trágica e imprevista da ação urgente tomada por meus oficiais para encerrar esse ataque brutal", afirmou em comunicado.

O criminoso morreu no local após ser baleado por policiais, que responderam rapidamente ao chamado de emergência.

Por conta do ataque, o governo britânico mobilizou patrulhas policiais de emergência em sinagogas por todo o país.

Atentado terrorista em sinagoga

Duas pessoas morreram, e outras três ficaram gravemente feridas após um homem atropelar e esfaquear pedestres em frente a uma sinagoga em Manchester, no Reino Unido, na manhã de quinta-feira (2).

O Batalhão Antiterrorismo do Reino Unido disse que prendeu três suspeitos de colaborar com o crime, dois homens e uma mulher.

Segundo a polícia de Manchester, o criminoso avançou com o carro sobre pedestres em frente à Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, no bairro de Crumpsall, no norte de Manchester, no início da manhã.

Depois, desceu do carro e esfaqueou um homem que chegava para a sinagoga e morreu no local.

Ele avançou então em direção à entrada da sinagoga, mas foi baleado policiais e morreu. Imagens feitas por pedestres mostraram o momento em que policiais contêm o homem após atirar contra ele (veja vídeo acima).

O criminoso trajava um cinturão que aparentava ser de explosivos, e, após matá-lo e retirar fiéis da sinagoga, a polícia disse que fez uma "explosão controlada" no local.

O ataque ocorre no feriado judaico de Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo. Na data, também conhecida como Dia do Perdão e que ocorre dez dias depois do Ano Novo judaico, judeus costumam jejuar por 24 horas e lotar sinagogas, onde muitos passam o dia inteiro rezando.

No momento do ataque, a sinagoga de Manchester estava cheia, segundo a polícia, mas as pessoas conseguiram deixar o local em segurança após o criminoso ser morto.

No entanto, outras duas pessoas morreram, segundo a polícia, e outras três pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas em estado grave — ainda não havia informações sobre o estado de saúde delas até a última atualização desta reportagem.

Uma das vítimas era um segurança da sinagoga, que estava cheia no momento do ataque.

Após o episódio, a polícia de Londres disse ter reforçado a segurança em todas as áreas da cidade que têm sinagogas, além de comunidades judaicas da capital britânica. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também ordenou mais segurança a sinagogas de todo o país.

Ataque em frente a sinagoga em Manchester deixa feridos

Ataque em frente a sinagoga em Manchester deixa feridos

Starmer se disse "horrorizado" pelo crime e antecipou a volta da cúpula de líderes da Europa na Dinamarca que ele participava nesta quinta.

A embaixada de Israel no Reino Unido condenou o ataque. Diversas autoridades britânicas lamentaram o ataque (leia mais abaixo). O premiê Keir Starmer ordenou uma mobilização maior de policiais em sinagogas por toda a Inglaterra.

Policiais orientam pessoas presentes, algumas delas com a veste judaica quipá, perto de local de ataque em sinagoga em Manchester, no Reino Unido, em 2 de outubro de 2025. — Foto: REUTERS/Phil Noble

Além de policiais, também foram vistos no local agentes utilizando uniformes táticos pretos e carregando metralhadoras pesadas, que seriam da unidade antiterrorismo, segundo jornais britânicos.

Mas autoridades ainda não haviam informado, até a última atualização desta reportagem, se tratavam o caso como um ataque terrorista.

“Sabemos que o horrível ataque de hoje, no dia mais sagrado da comunidade judaica, causou grande choque e medo em todas as nossas comunidades. Agradecemos ao membro do público cuja rápida reação ao que presenciou permitiu nossa ação imediata e, como resultado, o agressor foi impedido de entrar na sinagoga”, afirmou um porta-voz da polícia de Manchester.

Líderes britânicos repudiam ataque

O rei Charles III afirmou estar "profundamente chocado e triste" com o ataque.

"O fato do ataque ter ocorrido no Yom Kippur torna o episódio ainda mais horrível. (...) Vamos fazer tudo para manter a comunidade judaica segura", afirmou o premiê.

O prefeito de Manchester, Andy Burnham, afirmou à "rádio BBC" se tratar de um incidente grave e pediu para as pessoas evitarem o local. Burnham também elogiou a atuação da polícia.

Agentes de roupa tática preta e fuzil cercam perímetro de atuação de equipes de emergência que responderam a ataque em frente à sinagoga em Manchester, no Reino Unido, em 2 de outubro de 2025. — Foto: REUTERS/Phil Noble

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