Nunca antes a Bacia de Pelotas (área que engloba toda a costa gaúcha, indo do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai) teve uma probabilidade tão alta de confirmar a descoberta de petróleo e/ou gás em suas águas. Esse cenário se desenha após 44 blocos desse espaço serem arrematados em leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP) na quarta-feira (13) e definida a contrapartida de 15.566 ações dentro dos Programas Exploratórios Mínimos (PEM - quantidade de atividades exploratórias que a empresa concessionária é obrigada a executar).
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Nunca antes a Bacia de Pelotas (área que engloba toda a costa gaúcha, indo do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai) teve uma probabilidade tão alta de confirmar a descoberta de petróleo e/ou gás em suas águas. Esse cenário se desenha após 44 blocos desse espaço serem arrematados em leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP) na quarta-feira (13) e definida a contrapartida de 15.566 ações dentro dos Programas Exploratórios Mínimos (PEM - quantidade de atividades exploratórias que a empresa concessionária é obrigada a executar).
As companhias que arremataram esses blocos (boa parcela deles situada na costa entre os municípios de Rio Grande e Chuí) foram Chevron Brasil Óleo, Petrobras, Shell Brasil e CNOOC Petroleum (a primeira sozinha e as outras através de consórcios). Essas empresas precisarão investir, como determinado por contrato, pelo menos cerca de R$ 1,5 bilhão para procurar a presença de petróleo na região (que até hoje não foi encontrado). O diretor da consultoria ES-Petro e ex-integrante da ANP, Edson Silva, frisa que o resultado da Bacia de Pelotas, nesse último leilão, é o melhor já verificado pela área.
“Mas, não quer dizer que há garantia. A atividade de exploração de petróleo é de alto risco, quando uma empresa faz um lance em um leilão, não significa que ela esteja comprando o sucesso”, ressalta o especialista. Contudo, Silva cita entre os fatores que permitem ser otimista quanto à chance de encontrar petróleo e/ou gás o número de blocos leiloados e a participação de grandes companhias do setor. É como um jogo da Mega-Sena. Nenhuma aposta tem certeza de sucesso, entretanto um bolão, com mais números marcados, tem mais chances de ser exitoso, do que um bilhete simples.
O diretor da ES-Petro detalha que, entre as iniciativas que as empresas vencedoras do leilão da ANP precisarão desenvolver, necessariamente, estão estudos geológicos, sísmicos e a perfuração de poços. Silva argumenta que uma das explicações para o atual interesse na Bacia de Pelotas deve-se também às descobertas de óleo na costa africana, na Namíbia, que tem características geológicas semelhantes à da área situada na América do Sul.
Já o diretor comercial de novos negócios da corretora Galcorr, Fernando Prado, acrescenta ainda entre os pontos que animaram os empreendedores a expectativa de licenciamento ambiental mais rápido e as perspectivas de preços mais elevados do petróleo a partir do próximo ano. Prado destaca que o setor de seguros comemora a movimentação que deve ser gerada nos próximos anos na Bacia de Pelotas, tanto para as garantias dos Programas Exploratórios Mínimos como para as atividades de perfuração e sísmica que passarão a ser realizadas e podem ser cobertas por apólices.
Ele reforça o sentimento que o leilão efetuado pela ANP foi muito positivo para o segmento petrolífero. “Tivemos a participação de grandes nomes da indústria, olhando áreas em novas fronteiras de exploração (como a Bacia de Pelotas), bem como novos players trazendo uma diversificação ao mercado brasileiro de óleo e gás”, justifica o diretor da Galcorr.
Perfuração de poço mais recente na região foi há mais de 20 anos
O último poço perfurado na Bacia de Pelotas foi em 2001 e os blocos mais recentemente arrematados, antes do certame deste ano, tinham sido leiloados em 2004 (na ocasião a Petrobras venceu a concorrência). Atualmente, uma vantagem para a retomada das ações na costa gaúcha foi ressaltada pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates.
Ele afirmou que a região também tem potencial para a geração de energia eólica offshore (no mar) e projetos de produção de petróleo em conjunto com essa atividade terão, futuramente, mais chance de obter financiamento dentro da perspectiva de transição energética. A Petrobras, inclusive, já protocolou no Ibama o pedido de licenciamento de várias usinas offshore, sendo uma delas na costa do Rio Grande do Sul.

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