O Planalto aceita negociar até, no máximo, 40 horas semanais, desde que haja dois dias de folga. Segundo Boulos, não poderá haver redução da jornada, mas manutenção dos dias trabalhados ou diminuição proporcional do pagamento.
A proposta tem resistência em especial dos setores de indústria e comércio. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) diz que já pratica a escala 5,1x1,5, indicando que os trabalhadores só trabalham meio período no sábado, e a CNC (Confederação Nacional do Comércio) diz que haverá um impacto muito grande para lojistas e restaurantes, que teriam de contratar mais funcionários ou reduzir as horas de funcionamento, e que este gasto sobraria para o consumidor final.
Boulos refuta. "Os países que reduziram jornada não só para 5x2, em alguns casos para 4x3, em todos os casos [houve] aumento de produtividade, por razões óbvias: o trabalhador não está exausto, não está no burnout, ele produz mais. Em muitos casos, aumentou o faturamento das empresas. Você tem uma jornada no Brasil que é extremamente alta, com um ganho baixo", aponta, porém sem citar números.
Será um debate longo no Congresso. Com minoria nas duas Casas, o governo tem tentado convencer parlamentares do centrão e até da direita a se unirem pela proposta, que julgam ser suprapartidária. Recentemente, a causa ganhou o apoio do senador bolsonarista Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), que foi à tribuna defender a medida.
O governo pretende contar com pressão popular para influenciar o Parlamento. "Você acha que um deputado [vai comprar a briga contra]? Você viu o efeito político dos deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem? Independente de que campo político seja. Eu acho que já se acumulou bastante força", ponderou. "Para eles [bolsonaristas], é extremamente constrangedor, com o seu próprio eleitorado, ser contra o fim da 6x1. Então, nós precisamos colocar isso na equação."
Ela compara a proposta à reforma no Imposto de Renda, aprovada no início do mês. "A narrativa no Imposto de Renda também era outra. Era dizer que era [mais] imposto, o governo querendo botar imposto em cima dos outros. [Sobre a] 6x1, é que vai aumentar custos, diminuir produtividade —e essa narrativa é igualmente insustentável. Eles vão perder de novo a narrativa."

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