Após um fim de noite e madrugada de crise política na Coreia do Sul, a brasileira Munich Ferreira, que mora no país asiático desde 2018, conta que o decreto de corte marcial feito pelo presidente Yoon Suk-yeol pegou a todos de surpresa. E mesmo após a revogação da lei marcial pela Assembleia Nacional, em plena madrugada, ainda existem dúvidas sobre como a situação vai se desenrolar.
“É difícil dizer porque tá acontecendo de madrugada, mas as reações na internet parecem bastante raivosas contra o presidente. Ninguém tava esperando isso, nem o pessoal do partido dele, todo mundo foi pego de surpresa”, comentou em entrevista ao g1.
Munich é natural de Campina Grande, na Paraíba, é formada em tradução pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e foi morar na Coreia do Sul em 2018, para estudar coreano na Jeonbuk National University, na cidade de Jeonju. Ela vive com o marido sul-coreano e o filho do casal.
A lei marcial foi imposta no país após o presidente dizer que quer "limpar" o território de aliados da Coreia do Norte, mas a oposição acusou o governo de estar usando o conflito com Pyongyang para controlar a Assembleia Nacional.
Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial — Foto: South Korean Presidential Office / AFP
Munich conta que não há definições concretas sobre a conjuntura política do país.
“A votação passou, mas ainda não sabemos como será efetivada amanhã[quarta]. Vai depender disso. Eu tinha visto que a polícia também não estava dando apoio [ao presidente], não sei como fica a posição do Exército. Não consegui ver informações firmes, e me parece que até eles estão confusos”, comentou.

Lei marcial na Coreia do Sul: Assembleia Nacional vota para derrubar decreto do presidente
Ela acredita que os ânimos no país ainda não estão perto de se acalmarem e acha que muitos protestos ainda estão por vir.
“Eu moro próximo a Gwangju, onde teve o massacre de Gwangju durante a ditadura militar coreana, imagino que amanhã haverá protestos por lá”, disse.
Não está claro, porém, se alguma medida concreta foi efetivamente tomada por Yoon. Milhares de manifestantes se reuniram para protestar em frente à Assembleia Nacional, em Seul — até a última atualização desta reportagem, não havia registros de prisões ou repressão aos atos.

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11 meses atrás
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