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Bronze em Paris, Marcelo Casanova se consolida no cenário paralímpico

O judoca Marcelo Casanova já pode se orgulhar de ter o seu nome marcado na história do esporte paralímpico brasileiro. Natural de Caxias do Sul, o atleta de 21 anos fez parte da delegação que foi a Paris 2024 e garantiu a melhor participação do País em Jogos Paralímpicos, com 89 pódios. Na divisão meio-pesado (-90kg) da classe J2, categoria que abrange lutadores com percepção e definição de imagens, o gaúcho faturou a medalha de bronze e se consolidou como um dos grandes nomes do judô nacional.

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O judoca Marcelo Casanova já pode se orgulhar de ter o seu nome marcado na história do esporte paralímpico brasileiro. Natural de Caxias do Sul, o atleta de 21 anos fez parte da delegação que foi a Paris 2024 e garantiu a melhor participação do País em Jogos Paralímpicos, com 89 pódios. Na divisão meio-pesado (-90kg) da classe J2, categoria que abrange lutadores com percepção e definição de imagens, o gaúcho faturou a medalha de bronze e se consolidou como um dos grandes nomes do judô nacional.

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Casanova tem deficiência visual em decorrência do albinismo e 6,75 graus de astigmatismo. O atleta começou no judô em 2012, aos 9 anos de idade, através do pai, Antônio, que o levou para o esporte. A jornada nos tatames seguiu em família, ao lado do seu irmão Rafael, que entrou na modalidade um ano depois.

“No início era uma brincadeira. Era tudo tão muito lúdico. Acho que foi por isso também que eu segui nessa trajetória, amando tanto esse esporte, justamente por ser uma coisa de família. Eles me apoiaram desde o começo e nunca me cobraram resultados”, contou.

O que era apenas uma diversão, se tornou assunto sério logo no início da carreira do judoca. Figura presente no Clube Recreio da Juventude, de Caxias do Sul, desde o seus primeiros passos na arte marcial, o paratleta se destacou cedo e despertou os olhares dos professores e treinadores. Sob a tutela do sensei Giovani Cruz, ele passou por seleções brasileiras de base da modalidade tradicional, mas em 2021 fez a transição para o desporto paralímpico.

“Algumas pessoas comentavam que pela minha condição eu poderia entrar no esporte paralímpico. A diferença entre o convencional e o paralímpico é que o primeiro começa sem pegada. Eu tinha uma desvantagem de reflexo para chegar no kimono do adversário. Agora, como já começamos pegando, para quem tem uma deficiência visual como eu é melhor. Fizemos os exames necessários e me enquadrei na nova categoria”, apontou.

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Não demorou muito para o lutador se encaixar e seu talento se traduzir em conquistas. Após ser ouro no Pan-Americano de Judô do Canadá 2022 e no Parapan-Americano de Santiago 2023, além de conquistar o bronze nos Jogos Mundiais da IBSA e no Campeonato Mundial Paralímpico, no Azerbaijão, em 2023, o caxiense viu o sonho de participar das PAralimpíadas de Paris muito próximo de se tornar realidade.

Primeiro representante paralímpico da história do Recreio da Juventude, Casanova chegou na França como um nome estabelecido no circuito. Quarto cabeça de chave do torneio, o gaúcho tinha como objetivo alcançar o pódio, mas o baque da derrota na semifinal contra o anfitrião, Hélios Latchoumanaya, poderia ter encerrado a sua jornada. Apesar do revés, ele mostrou resiliência e foi novamente em busca da sua meta: ser um medalhista paralímpico.

“Botei na cabeça que era a luta mais importante de todas. Se tivesse que dar a vida no tatame, eu daria. Era sair com a medalha ou nada. Consegui esfriar a cabeça, botar os pés no chão e quando eu ganhei o bronze, fui correndo abraçar a minha família, que sempre esteve comigo”, relembrou orgulhoso.

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