Cabe ao Supremo fazer a defesa do Banco Master?

Quando o ministro do Supremo Dias Toffoli avocou para si o caso do Banco Master, decretando em seguida o sigilo absoluto do caso, a justificativa ventilada na imprensa era de que um dos envolvidos seria um deputado federal e, portanto, uma pessoa com foro privilegiado.

As revelações dos últimos dias sobre as relações do ministro do Supremo Alexandre de Moraes e sua família com o Master sugerem que talvez a motivação de decretação de sigilo absoluto seja outra.

Depois de revelar os valores do contrato celebrado entre o Master e o escritório da esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes - de R$ 3,6 milhões mensais por 36 meses a partir do início de 2024 - a colunista Malu Gaspar, do jornal OGlobo, noticiou que o próprio ministro Alexandre Moraes ligou e também se encontrou pessoalmente com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para defender a aprovação da operação de venda do Master para o BRB.