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Cafezais sofrem com o clima no Brasil e preço dispara no mundo

Em Divinolândia, outro pequeno município cafeeiro de São Paulo a 25 quilômetros de Caconde, o produtor Sérgio Lange usa uma técnica milenar para combater o calor: plantar seus pés de café à sombra das árvores.

"Quando eu nasci, Divinolândia era frio, água congelava no inverno", diz Lange, 67 anos. "Isso hoje não tem mais. Com essas temperaturas, o modelo atual de produção tem os dias contados".

O café cultivado em árvores, que reproduz o habitat da planta em suas origens africanas, não só sofre menos com o calor como também amadurece mais lentamente, o que resulta em um grão maior e mais doce e, portanto, mais valorizado no mercado.

Junto com outros cinquenta colegas, Lange aplica um modelo de "cafeicultura regenerativa" desde 2022: coexistência com outras espécies, sem agrotóxicos e com água de manancial.

"No começo a produtividade vai cair, mas a expectativa é um resultado fantástico em quatro ou cinco anos", diz, exibindo com orgulho seus robustos cafeeiros no terreno montanhoso.

"Sustentabilidade é deixar essa terra para meus filhos melhor do que a encontrei", conclui.

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