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Celular intermediário: g1 testa 4 modelos com bom desempenho

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Eles são um pouquinho mais caros que os smartphones básicos, mas contam com conectividade 5G, câmeras e desempenho geral melhores, além de terem uma bateria que dura mais tempo que modelos mais avançados.

Os smartphones avaliados estavam na faixa dos R$ 2.000 nas lojas on-line consultadas em novembro. Modelos similares custavam entre R$ 2.400 e R$ 3.500 na última Black Friday.

O Guia de Compras testou 4 modelos dessa categoria, todos com sistema operacional Android 13 e lançados em 2023 pelas principais marcas.

Os aparelhos avaliados foram:

  • Infinix Note 30 5G
  • Motorola Moto G84
  • Realme 11 5G
  • Samsung Galaxy M34

Foram avaliados desempenho, câmeras e duração da bateria. Na conclusão, design e custo-benefício também foram considerados.

Veja a seguir como cada um se saiu e, ao final, a conclusão.

Infinix Note 30 5G

O Infinix Note 30 5G é um celular intermediário da marca chinesa representada pela Positivo Tecnologia no Brasil.

O aparelho é o mais barato do teste, custando R$ 1.900 nas lojas on-line pesquisadas em novembro.

Nos testes de performance (veja como é ao fim da reportagem), o Infinix Note 30 5G ficou quase empatado com o Realme 11 5G – atrás dos modelos da Samsung e da Motorola.

Na avaliação gráfica – que mede como o smartphone se comporta com jogos e vídeos –, o celular da Infinix ficou em segundo lugar, atrás do telefone da Samsung.

O telefone da Infinix tem uma câmera tripla na traseira – uma principal com 108 megapixels de resolução e uma lente auxiliar para ajudar no desfoque para fotografias em modo retrato de 2 mp, mas que não "fotografa". É uma configuração de câmera bastante similar à do Realme 11 5G.

Os resultados foram bons, mas muito parecidos aos encontrados em outro aparelho mais barato da marca, o Infinix Zero 5G (veja o teste).

As imagens tendem a ficar pouco "lavadas" (com a exposição exagerada à luz) e com um ajuste de cores que poderia ser aprimorado. Veja no exemplo abaixo com as imagens feitas abaixo:

As imagens noturnas ficaram bastante granuladas, com uma qualidade inferior à encontrada nas câmeras dos outros concorrentes do teste, como nos exemplos abaixo:

A câmera principal conta um zoom de 2x, mas não é um zoom óptico, e sim um recorte da imagem feita pelo sensor principal. É um “truque" que outros fabricantes utilizam – como a Apple, no iPhone 15.

Para utilizar o recurso, basta tocar no botão de zoom.

As selfies, de 16 megapixels, são boas, mas também repetem o efeito esbranquiçado.

O ajuste automático de imagem da câmera borrou bastante o fundo e exagerou nos efeitos de embelezamento da pele – felizmente, esse recurso que deixa qualquer rosto lisinho (e com aparência artificial) pode ser desativado.

A bateria do Infinix Note 5G aguentou 10h30 nos testes, o que indica um bom período longe da tomada durante o dia – mas foi a que durou menos na comparação com os outros modelos.

Esse número, porém, não significa que, após quase 11 horas longe do carregador, o smartphone vai descarregar por completo. Mas dá uma ideia geral de quanto tempo a bateria pode durar.

A capacidade de carga do celular da Infinix é de 5.000 mAH. O celular vem com um carregador rápido de 45W na caixa – segundo a fabricante, esse item permite carregar 75% da carga do telefone em meia hora.

Moto G84

O Moto G84 é um celular intermediário da Motorola com uma câmera muito boa e um desempenho geral excelente, que ficou um pouco atrás do modelo da Samsung.

Nas lojas on-line consultadas em novembro, o telefone era vendido na faixa dos R$ 2.000.

O celular da Motorola ficou em segundo lugar no teste de performance geral, quase empatado com o Galaxy M34, da Samsung.

Nos testes gráficos, o Moto G84 ficou em penúltimo lugar, pouco à frente do Realme 11 5G.

O Moto G84 tem um sensor principal de 50 megapixels de resolução e um secundário de 8 megapixels para fotos grande angulares (cenas mais amplas).

A câmera principal é muito boa, com fotos bem iluminadas tanto de dia quanto à noite e com boa nitidez e contraste um pouco exagerado, como nas imagens abaixo:

A lente grande angular também atua como uma câmera macro, para tirar fotos de detalhes de perto, e os resultados são bons. Nas fotos abaixo da flor, apenas o Infinix não conseguiu focar muito bem próximo à planta.

As selfies de 16 megapixels foram muito boas também, com um bom desfoque ao fundo e sem uso de muitos truques para deixar a imagem com um jeito artificial.

A bateria do Moto G84 atingiu 12h55, sendo a segunda com maior duração, atrás do Realme 11 5G e pouco acima do Samsung Galaxy M34 (que tem uma capacidade maior de bateria, com 6.000 mAH).

O carregador rápido é de 33W. A fabricante não informa o tempo de carregamento do smartphone.

Realme 11 5G

O Realme 11 5G é um celular intermediário com configuração muito parecida com a do Infinix Note 30 5G – mesmo tamanho de tela (6,7”), mesma câmera dupla com restrições similares e mesma capacidade de armazenamento interno (256 GB).

O aparelho era vendido por R$ 2.000 nas lojas on-line consultadas no meio de novembro.

A performance do Realme 11 5G é quase igual à do modelo da Infinix, com resultado quase empatado – o da Realme foi um pouquinho mais rápido, mas ficou atrás da Samsung e da Motorola.

Na parte de teste gráficos, o celular ficou um pouco atrás do Motorola e ocupou a última posição entre os aparelhos avaliados.

A câmera “dupla” do Realme 11 5G é, como a do Infinix Note 30, composta por um sensor com 108 megapixels de resolução e uma lente auxiliar (2 mp) para ajudar no desfoque em imagens geradas pelo modo retrato.

Os resultados de dia e à noite foram bons – melhores que os da câmera do Infinix, mas um pouco inferiores aos encontrados nas câmeras da Motorola e da Samsung. Veja exemplos:

A câmera principal conta um zoom de 3x, mas segue um truque de recortar a imagem, como ocorre no Infinix.

As selfies com a câmera frontal de 16 megapixels ficaram muito boas, com um contraste bastante definido.

A bateria do Realme 11 5G foi a com maior duração no teste, atingindo 13h38. O modelo conta com o carregador mais potente entre os modelos avaliados, com 67W.

Segundo a fabricante, é possível recarregar a bateria de 0% a 50% em 17 minutos utilizando o carregador oficial.

Samsung Galaxy M34

O Samsung Galaxy M34 é um modelo intermediário com uma boa câmera e a promessa de uma bateria maior, mas que não se cumpre.

O aparelho custava R$ 2.000 nas lojas da internet pesquisadas em novembro.

O Galaxy M34 foi o mais rápido nos testes de desempenho geral do aparelho, ficando um pouco à frente do Moto G84. Curiosamente, conseguiu o primeiro lugar mesmo sendo único aparelho com 6 GB de RAM, contra 8 GB dos demais celulares.

Na avaliação gráfica, foi o único a se destacar, com resultados melhores que os dos concorrentes.

A câmera tripla do Galaxy M34 é, na verdade, dupla: tem um sensor de 50 megapixels para a lente principal e um de 8 mp para a lente grande angular.

A terceira “lente” na traseira do telefone é apenas um sensor adicional de 2mp que é usado para auxiliar nas fotos em modo retrato.

Os resultados durante o dia foram muito bons com a câmera do Galaxy M34. As fotos ficaram bastante nítidas e coloridas, muito parecidas com as feitas pelo Moto G84 – que também tem um sensor de 50 mp.

As fotos noturnas ficaram bastante iluminadas e foram as melhores do comparativo.

A câmera frontal tem 13 mp de resolução e tirou ótimos retratos, bastante nítidos e equilibrados.

Mesmo com a maior capacidade de bateria (6.000 mAH contra 5.000 mAH nos concorrentes da avaliação), o Samsung Galaxy M34 não teve o melhor resultado. Com 12h35 , que é um ótimo tempo, ficou atrás da Realme e da Motorola.

A recarga rápida do Galaxy M34 é feita com um carregador de 25W presente na caixa do produto. É o carregador mais "lento" entre os quatro aparelhos.

Mas vale ressaltar que o carregador oficial do iPhone 15, por exemplo, é de 20W. E que um carregador de 67W poderia ser utilizado para carregar a bateria de um notebook.

RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO: Os quatro celulares do teste estão mesma faixa de preço de referência de R$ 2.000 (que pode variar nas lojas da internet durante a Black Friday) e trazem configurações técnicas e desempenho bastante parecidos.

O Galaxy M32 e o Moto G84 são os que ofereceram os melhores resultados nos testes gerais e têm câmeras um pouco mais avançadas.

Além disso, Samsung e Motorola costumam informar suas políticas de atualização do sistema Android com antecipação.

Assim, o consumidor sabe por quanto tempo consegue suporte da marca, tanto em novas versões do Android como as atualizações de segurança. As demais marcas – Infinix e Realme – não costumam ser muito transparentes em relação a essas atualizações.

MELHOR CÂMERA: O Galaxy M32 e o Moto G84 tiveram os melhores resultados, com imagens muito boas e nítidas tanto de dia como à noite. A lente macro do Moto G84 é um bom diferencial caso o consumidor precise desse recurso.

O aparelho da Realme fica como uma alternativa mais simples, já que a câmera tem menos recursos na comparação.

DESIGN IMPORTA: Ter um celular intermediário não significa ter um aparelho mais simples. O acabamento dourado brilhante do Realme 11 5G chama a atenção, assim como a traseira em “couro vegano” azul do Moto G84.

O da Samsung segue o visual da da linha Galaxy S23, mais cara, mas com um acabamento plástico mais simples. O da Infinix tem o visual mais básico dos quatro avaliados.

Como foram feitos os testes

O Guia de Compras selecionou smartphones da categoria dos intermediários lançados no segundo semestre de 2023, com conectividade 5G e disponíveis nas lojas on-line em novembro. Os produtos foram cedidos para o teste e serão devolvidos.

Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.

Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.

Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização máxima (120 Hz).

A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.

O resultado é uma estimativa de quanto aquela bateria pode durar longe da tomada. Na prática, o número da vida real pode ser distinto, já que não usamos o telefone da forma intensiva o tempo todo.

Para os testes de câmera, foram feitas fotos dentro de casa e na rua (quando possível), com várias mudanças de iluminação em cenários similares para poder comparar as imagens.

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