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Chuva causa estragos e fecha lojas em shoppings de Porto Alegre

A chuva causou estragos e prejudicou o funcionamento em empreendimentos comerciais em Porto Alegre. Três empreendimentos registram danos, como o Iguatemi Porto Alegre, na Zona Norte, e Casa Shop, especializado em materiais de construção e mobiliário, na avenida Bento Gonçalves. Lojas do BarraShoppingSul fecharam por falta de luz. O abastecimento começou a ser normalizado em mais de 80 bairros no fim da tarde

Os fortes ventos e temporal danificaram parte da cobertura do Iguatemi e do Casa Shop, com impactos internos de áreas e lojas. No Barra, uma cena chamou a atenção: famílias inteiras indo ao local para conseguir acessar tomadas em áreas como corredores e banheiros, onde havia luz para recarregar celulares.

Em nota, o Iguatemi informou que a chuva afetou o terceiro pavimento, onde fica uma das praças de alimentação do empreendimento. Parte do telhado foi afetado. "A área está isolada para o trabalho das equipes de manutenção", diz a nota.

Imagens enviada à coluna Minuto Varejo mostra água jorrando em uma coluna no segundo piso, na área onde fica a marca Le Lis, de moda feminina. O Iguatemi esclarece que o dano não afetou a operação e que o shopping está "funcionando normalmente".

O presidente do Sindilojas da Capital, Arcione Piva, que também é um dos donos da rede Elevato, diz que o estrago no Casa Shop foi grande, com parte do telhado arrancado pelos fortes ventos. "O vento arrancou telhas e entrou água na área interna. O prejuízo foi grande lá", contou Piva. O sindicato está fazendo levantamento para verificar impactos no comércio da Capital. Relatos de lojistas indicam falta de luz e de internet como problemas mais recorrentes.

No BarraShoppingSul, falta de luz e internet, fundamental para operar máquinas de pagamentos de cartões, por exemplo, comprometeu a abertura de lojas. Apenas praça de alimentação, banheiros, corredores e escadas rolantes estavam tinham energia, suprida por geradores próprios. O hipermercado Carrefour também se manteve aberto, pois tem gerador.

A gerente da franquia da Hope, Luciane Farias, contou que a cena mais surpreendente no local foi a grande quantidade de pessoas indo ao shopping para acessar tomadas para carregar celulares e computador.

"Foi uma loucura. Tinha fila, com famílias inteiras - adultos e crianças - nas tomadas de corredores, banheiros e até na escada rolante. No Carrefour, a fila não era para comprar comida, mas de gente atrás de T para ligar mais celulares. Chamei essas cenas de "surto das tomadas". Nunca tinha visto isso!", descreveu Luciane.

Houve divergência de lojistas sobre a orientação da direção do Barra em relação à volta das operações, mesmo sem garantia de acesso à internet, segundo a gerente da Hope. No grupo de WhatsApp dos lojistas e gerentes, muitos entendiam que não era possível ficar aguardando o dia e ainda sem saber se seria possível fazer vendas. Além disso, se mantivessem fechadas as unidades, o temor é de multa pelas regras do contrato, comentou ela.

Uma circular foi emitida pela direção colocando como facultativa a abertura nas condições pós-temporal. "Não tinha como abrir sem poder vender. Além disso, os clientes estavam indo ao shopping para carregar celular e não para comprar da gente", citou a gerente.

Em nota, o BarraShoppingSul explicou que devido "à interrupção de energia elétrica pela concessionária, o funcionamento das lojas é facultativo no dia de hoje". Também não tem internet. O complexo ficou aberto e com algumas "lojas funcionando". O Barra garantiu à coluna que com o "funcionamento opcional em razão dessa situação gerada pelas chuvas", não terá aplicação de multa sobre a comércio que não abrir. 

"O shopping não tem gerador. Lojas não têm como funcionar. Não tem como ficar aberto. Não tem checkout, computador e não tem internet. Bem difícil a situação", comenta Piva, após contato com a direção do empreendimento na Zona Sul, da Capital.  

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