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Clube porto-alegrense busca atletas para time de Flag Football

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Anunciado como um dos cinco novos esportes olímpicos para Los Angeles 2028, o Flag Football é uma modalidade derivada do Futebol Americano e que tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo. Para as mulheres interessadas em conhecer um novo esporte, o time Lions Flag Football está com treinos abertos em Porto Alegre em busca de novas integrantes para as competições que irá participar neste ano.

A bola utilizada é igual à do Futebol Americano e o objetivo é o mesmo: marcar o touchdown ao chegar na zona de pontuação do adversário – conhecida como endzone –, conseguindo seis pontos. Um ou dois pontos extras podem ser obtidos depois de um touchdown. Entre as principais diferenças está a falta de uso dos tradicionais equipamentos de proteção do Futebol Americano, já que o contato físico voluntário é considerado falta no Flag; é proibido bloquear, derrubar ou chutar o adversário.

No caso do Flag, os jogadores da defesa precisam parar o time ofensivo retirando a bandeira que está na cintura do jogador com a bola. Quando o jogador perde a bandeira ele é considerado tackleado e o jogo é interrompido. Cada equipe tem quatro oportunidades, ou descidas, para avançar 10 jardas. Caso o time não consiga, a bola muda de mãos.

O esporte pode ser praticado em diferentes formatos, seja com quatro ou 11 atletas de cada lado. No Brasil, as modalidades mais praticadas são o Flag Football 8×8, com jogadores de linha e alguns contatos e bloqueios permitidos, e o 5×5, em que o contato físico entre os atletas deve ser evitado. Outra opção para quem deseja jogar Flag é a variação praticada na praia, geralmente com esquema 4x4.

EVANDRO OLIVEIRA/JC

Atletas do Lions durante treino na Orla do Guaíba. Foto: Evandro Oliveira/JC

Para a quarterback (QB) do Lions e da seleção brasileira principal, Eduarda Barboza Fabris (26), o esporte tem ganhado muita atenção, especialmente da NFL. "Nas Olimpíadas de Los Angeles, que são em 2028, ele vai ser um esporte olímpico, vai valer medalha. Justamente por ser nos Estados Unidos, já que o esporte é muito famoso lá", afirma Eduarda.

No ano de 2023, o Lions foi vice-campeão da Copa Sul de Flag Football, disputada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Embalado pelo pódio conquistado, o time se prepara para a maior disputa de sua história, o Campeonato Brasileiro. Para isso, está realizando treinos abertos em busca de novas atletas que possam integrar a equipe. A Seletiva Sul da disputa acontece em 1º e 2 de junho, em Timbó (SC), para saber quais times se classificarão para a grande final, que ocorre em Manaus (AM), no mês de novembro.

"O objetivo é primeiro apresentar o esporte para quem tem curiosidade e, segundo, é tentar captar atletas novas, porque nosso time sempre foi um time muito bom, mas era enxuto, não tínhamos muitas reservas. Quanto mais atletas, mais agrega para o time, mais conseguimos criar jogadas, mudar o elenco e surpreender as adversárias", explica a snapper/center da equipe, Débora Medeiros (28).

Antes dos treinos abertos, o time estava com 14 jogadoras e espera terminar a captação de atletas com 20 mulheres no time, número máximo que pode ser inscrito nas competições. O último treino aberto será realizado neste domingo (17) no Campo do Maringá (Rua Gaspar Lemos, 296 - Jardim Itú Sabará), a partir das 14h30min. Não é preciso ter experiência no esporte para participar, basta preencher o formulário disponível no Instagram da equipe (@lionsflagfootball).

Criação do esporte

EVANDRO OLIVEIRA/JC

A QB Eduarda Barboza Fabris recebe a bola da snapper Débora Medeiros. Foto: Evandro Oliveira/JC

A origem do Flag Football tem ligação com o contexto da Segunda Guerra Mundial, em que os soldados estadunidenses queriam jogar futebol americano como uma forma de descontração nas bases militares, mas precisavam evitar contusões. Assim, fizeram adaptações para que o esporte tivesse menos contato corporal. As ligas americanas de Flag Football se desenvolveram logo após o término do conflito, com a fundação da National Flag & Touch Football League (NTFL), que foi a maior e mais desenvolvida por mais de 15 anos.

Atualmente, existem centenas de ligas espalhadas pelos Estados Unidos. A mais recente e promissora delas é a American Flag Football League (AFFL), que estreou em 2018 e é a principal organização profissional do esporte. Inicialmente, a AFFL promoveu competições juvenis e femininas e, em 2024, lançou uma divisão profissional masculina. A liga conta com ex-atletas da National Football League (NFL) e promete distribuir 2 milhões de dólares em prêmios.

Dados do Relatório de Participação mais recente da Sports Fitness Industry Association (SFIA) mostram um aumento de 23% nos praticantes de Flag em relação aos seis anos anteriores, chegando a 7,1 milhões de participantes. A taxa de crescimento do Flag Football é superior a do futebol, lacrosse, hóquei no gelo, rugby e outros esportes coletivos famosos no mundo.

Fundação do Lions

Gabriel Haesbaert/Divulgação/JC

Equipe feminina do Lions ergue troféu da conquista do Campeonato Gaúcho. Foto: Gabriel Haesbaert/Divulgação/JC

O Lions Flag Football foi fundado em 18 de julho de 2018, a partir da iniciativa de namoradas e familiares dos jogadores do Lions, que era um time Full Pads (como é conhecido o jogo de Futebol Americano com o uso de equipamentos completos) que já existia em Porto Alegre. Inicialmente, Flora Bettio (58), mãe do atleta do Lions Full Pads Régis Bettio, e três namoradas de outros atletas compunham a direção do Flag.

"Foi aberto a seletiva em Porto Alegre, sendo o Lions Flag Football, até hoje, o único time feminino de Flag da Região Metropolitana. Nosso primeiro campeonato foi com três meses de existência em Santa Maria, fomos com a nossa coragem e para um desafio", conta Flora, atual presidente do Lions.

Além da disputa do Regional Copa Brasil e, em caso de classificação, da Copa Brasil em Manaus, o Lions irá disputar o Gauchão, em julho, e pretende jogar a Copa Sul e a Copa RS.

"Já vemos que cresceu de forma considerável o número de times novos surgindo para participarem dos campeonatos de Flag, e fico muito feliz que isso está acontecendo e de forma rápida. Vejo nosso esporte crescendo em todos os sentidos, sendo valorizado mundialmente e muito mais atletas participando, inclusive crianças nas escolinhas de Flag que já estão surgindo", conclui a presidente da equipe.

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