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Coalizão de esquerda de Boric sofre derrota nas eleições locais no Chile

A coalizão de esquerda do presidente Gabriel Boric sofreu uma derrota nas eleições locais que terminaram neste domingo (27) no Chile, mas a oposição de direita obteve uma vitória menos expressiva do que esperava, segundo os resultados parciais.

Em eleições inéditas realizadas em dois dias e com voto obrigatório - consideradas um termômetro das presidenciais de 2025 - a coalizão no poder perdeu 40 prefeituras, enquanto a direita tradicional somou 36.

A extrema direita conquistou apenas oito municípios dos 345 em disputa, segundo os dados do Serviço Eleitoral (Servel), após a apuração de 84% das urnas.

"No geral, a coalizão governista perdeu um número importante de municípios a nível nacional, mas conseguiu manter municípios-chave, como foi o caso de Maipú, em Santiago, com uma vitória contundente de Tomás Vodanovic", disse Rodrigo Espinoza, analista da Universidade Diego Portales.

Vodanovic, da Frente Ampla, foi reeleito com a maior votação do país, 70%.

A direita tradicional "conseguiu uma quantidade considerável de municípios, enquanto o Partido Republicano (extrema direita) conseguiu oito municípios, o que está abaixo das expectativas", acrescentou Espinoza.

Uma das derrotas mais dolorosas para o governo Boric aconteceu em Santiago, onde a comunista Irací Hassler perdeu a reeleição na prefeitura para o candidato de direita Mario Desborde.

Mais de 15 milhões de pessoas estavam registradas para votar nas eleições, que aconteceram em dois dias devido ao grande número de cargos em disputa. Além dos prefeitos, os chilenos definiram vereadores, governadores regionais e representantes regionais.

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