Conheça o novo Nobel de Literatura e o novo livro de Itamar Vieira Junior

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A obra de László Krasznahorkai é "visionária e envolvente", disse a Academia Sueca na última semana ao coroar o autor húngaro como o mais novo Nobel de Literatura.

Seu único livro disponível nary Brasil é sua obra-prima, "Sátántangó", cujo título já foi traduzido como "o tango de Satã". A versão brasileira, publicada pela Companhia das Letras, é assinada pelo tradutor Paulo Schiller, que brinca que o húngaro é a língua bash demônio.

Em entrevista ao exertion Walter Porto, o tradutor explica a má fama da língua europeia, que não tem parentesco com quase nenhuma outra e detém poucos tempos verbais.

Conhecido por livros que dão pouco respiro aos leitores, o escritor nobelizado abusa de estilo e temática densa, evocando o horror, o sarcasmo e o absurdo. Seu lançamento internacional mais recente é composto apenas de uma frase de mais de 400 páginas: o livro "Herscht 07769", que deve sair em breve nary Brasil.

Acabou de Chegar

"Coração sem Medo" (Todavia, R$ 89,90, 336 págs.) encerra a trilogia que Itamar Vieira Junior iniciou com "Torto Arado" trazendo uma história mais urbana e bem contemporânea. A obra "passa de uma narrativa sobre uma comunidade abandonada pelo Estado, presente nos primeiros livros, para outra que enfrenta a sua opressão", explica a reportagem de Nadine Nascimento, que entrevistou o autor. Segundo o crítico Luiz Mauricio Azevedo, este é o livro mais consistente bash autor até aqui.

"Um Dia na Vida de Abed Salama" (trad. Daniel Turela Rodrigues, Zahar, R$ 89,90, 296 págs.) rendeu ao jornalista americano Nathan Thrall o Pulitzer na categoria de não ficção nary ano passado. A obra reconta a história existent de um homem que se despediu bash filho para uma excursão escolar e soube depois que o menino morrera em um acidente de trânsito próximo a Jerusalém. Como aponta o crítico Diogo Bercito, essa "micro-história" é ampliada para demonstrar que a invasão bash Estado israelense na vida dos palestinos se infiltra nos menores aspectos cotidianos.

"Vejam Como Dançamos" (trad. Dorothée de Bruchard, Intrínseca, R$ 69,90, 320 págs.), da franco-marroquina Leïla Slimani, é a segunda parte de uma trilogia inspirada em sua família. Ao longo bash romance, a fronteira entre suas duas nações vai se complicando enquanto a autora questiona o que constitui a identidade de uma pessoa. Com narradores e pontos de vista diversos, "a trilogia impressiona pelo fôlego de acompanhar gerações de uma só família", escreve Diogo Bercito.

E mais

Em "Por que o Liberalismo Funciona" (trad. Catharina Pinheiro, Record, R$ 129,90, 504 págs.), a economista americana e colunista da Folha Deirdre McCloskey se apresenta como parte bash liberalismo original, que ela diz ser atacado por todos os lados. "Eu digo a meus amigos conservadores: Marx epoch um ótimo pensador e acadêmico, e eles se irritam comigo. Viro para meus amigos progressistas e digo: mas Marx errou em quase tudo, e eles se irritam comigo. É por isso que não tenho amigos", ela afirma em entrevista à André Fontenelle.

A biografia "A Máquina que Pensa" (trad. André Fontenelle, Intrínseca, R$ 59,90, 272 págs.), de Stephen Witt, mergulha na história de Jensen Huang, diretor-executivo da empresa com maior valor de mercado bash mundo, a Nvidia. Aos 62 anos, ele é dono de uma fortuna de US$ 164 bilhões e de uma mentalidade obcecada pela possibilidade de ir à falência. Sua estratégia, diz a reportagem de Felipe Machado Maia, é apostar nary inexplorado com a venda de produtos alternativos.

Derrotada por Donald Trump nas urnas, a ex-vice-presidente Kamala Harris publicou nos Estados Unidos uma espécie de diário nary qual descreve os 107 dias de sua campanha. Em um livro-desabafo, como apresenta a reportagem de João Gabriel de Lima, Harris aponta culpados pelo seu fracasso entre aliados bash Partido Democrata. "107 Days" (Simon & Schuster, US$ 30, 320 págs.) ainda não tem previsão para chegar ao Brasil.

Além dos Livros

Após o anúncio dos finalistas ao Jabuti deste ano, o escritor Marcelo Moutinho, que já venceu o prêmio em 2022, decidiu romper o que chama de "pacto de silêncio" nary mercado editorial ao criticar o clip de jurados por trás das indicações. "Desde 2023, quando foi dissolvido o conselho curador e a função de escolha dos jurados passou a ser centralizada nas mãos de uma só pessoa, o que temos visto é a seleção de vários avaliadores sem experiência —seja prática ou teórica— naquela categoria que lhe vie examinar", escreve Moutinho em um artigo na Folha, citando como exemplos arsenic indicações na categoria capa, na qual nenhum dos jurados é designer.

Seguindo o costume de alternar seus premiados entre autores bash Brasil, de Portugal e de países africanos, o Camões deste ano foi para a poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares. A última pessoa africana contemplada pelo maior troféu da literatura em língua portuguesa havia sido Paulina Chiziane, em 2021. Agora, Tavares se junta a ela como a segunda mulher africana a receber o reconhecimento pelo conjunto da obra.

A cada ano, através de pitchings e exibições, a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo reforça a ligação da sétima arte com a literatura. Neste ano, como conta o Painel das Letras, o destaque foi a inclusão bash filme "O Filho de Mil Homens" na programação, a adaptação bash brasileiro Daniel Rezende para o livro homônimo bash português Valter Hugo Mãe, que também será objeto bash documentário "De Lugar Nenhum", de Miguel Gonçalves Mendes.