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A reunião foi solicitada pelo chefe de diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, que espera obter uma condenação dos bombardeios israelenses deste sábado (26) contra alvos militares no país. O ataque foi uma resposta aos mísseis iranianos que atingiram o território israelense em 1º de outubro.
“A República Islâmica do Irã, de acordo com a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, reserva-se o direito de responder de forma legal e legítima a esses ataques criminosos, no momento apropriado", escreveu.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, rejeitou o pedido de Teerã às Nações Unidas em um comunicado no domingo. "Como já dissemos muitas vezes, temos o direito e o dever de nos defender e usaremos todos os meios à nossa disposição para proteger os cidadãos de Israel", disse Danon.
"Não estamos buscando a guerra, mas defenderemos os direitos de nossa nação e de nosso país", disse Pezeshkian em uma reunião de gabinete. "Daremos uma resposta apropriada à agressão do regime sionista", acrescentou.
Pezeshkian atribuiu o aumento das tensões regionais à "agressão" de Israel e ao apoio dado pelos Estados Unidos ao país. "Se as agressões e crimes do regime sionista continuarem, as tensões aumentarão", alertou o presidente iraniano.
"Os ataques israelenses não devem ser exagerados, nem minimizados", declarou o líder supremo iraniano Ali Khamenei.
Israel diz que ataques foram bem-sucedidos
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse neste domingo (27) que o ataque "preciso e poderoso" de Israel ao Irã atingiu seus objetivos.
"A força aérea atingiu as capacidades de defesa e fabricação de mísseis do Irã destinados a Israel", disse ele em uma cerimônia que marcou o 1º aniversário de acordo com o calendário hebraico, do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
Em outro discurso na mesma ocasião, ele foi interrompido por parentes das vítimas do ataque do Hamas. Várias pessoas interromperam Netanyahu por mais de um minuto em Jerusalém no início de seu discurso. "Meu pai foi assassinado", gritou uma delas.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse neste domingo que o país terá que fazer escolhas para obter a libertação dos reféns.
"Nem todos os objetivos podem ser alcançados somente com operações militares. Para cumprir o nosso dever moral de trazer nossos reféns para casa, teremos que fazer concessões dolorosas", disse o ministro israelense.
O governo israelense enfrenta uma pressão cada vez maior para chegar a um acordo de trégua com o movimento palestino Hamas, em Gaza, o que permitiria a libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro.
O chefe da inteligência israelense, David Barnea, deve viajar para Doha, no Catar, neste domingo, onde as negociações indiretas devem ser retomadas.
O Egito propõe um cessar-fogo de dois dias em Gaza que envolveria a troca de quatro reféns israelenses por prisioneiros palestinos, disse o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
Este seria um "pré-requisito" antes de iniciar "dentro de dez dias" as negociações para um "cessar-fogo completo e a entrada de ajuda humanitária" no enclave, acrescentou al-Sisi, sem especificar se apresentou seu plano ao Hamas ou a Israel.
Ele falou sobre as negociações durante uma coletiva de imprensa no Cairo ao lado do presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, quando membros do grupo mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251.
A contagem foi feita pela AFP, baseada em dados oficiais israelenses que incluem reféns mortos em cativeiro.
Das pessoas sequestradas naquele dia, 97 permanecem em cativeiro em Gaza, mas 34 delas foram declaradas mortas pelo Exército.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestino que já matou mais de 42 mil pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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