O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir nesta segunda-feira (30), em Nova York, para debater o avanço do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.
Desde o início do conflito no Oriente Médio, o conselho já se reuniu seis vezes para debater a situação. No período, quatro textos foram derrotados no Conselho de Segurança.
Duas propostas eram de autoria da Rússia. Já os outros dois textos haviam sido apresentados pelo Brasil e pelos Estados Unidos.
O Itamaraty afirma, porém, que não há perspectiva de levar à votação novas propostas nesta segunda.
Apesar disso, o Brasil tem costurado um novo texto junto a representantes diplomáticos dos outros 14 membros do Conselho de Segurança. A presença de Mauro Vieira em Nova York, segundo diplomatas brasileiros ouvidos pela GloboNews, é uma sinalização do esforço empregado pelo ministro nas negociações.
A diplomacia brasileira tenta avançar em um acordo até a próxima terça (31), quando se encerra o mandato do Brasil à frente do órgão. A partir do dia 1º de novembro, a presidência do conselho será exercida pela China.
O Itamaraty já avalia, no entanto, que o ambiente ainda não está consolidada para a votação e aprovação de um novo texto. Diplomatas admitem que o Brasil pode deixar a chefia do órgão sem conseguir construir uma posição de consenso.
A estratégia da diplomacia brasileira é formular uma proposta de resolução com pontos convergentes entre os membros do conselho. Também passa por uma articulação para impedir eventual veto de um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China e França).
Estados Unidos vetam resolução do Brasil no Conselho de Segurança da ONU sobre conflito Hamas X Israel
Para ser adotada, uma resolução depende de, ao menos, 9 votos favoráveis entre 15 membros do conselho — desde que não haja voto contrário de qualquer um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).
As resoluções adotadas pelo órgão devem ser seguidas por todos os 193 países-membros das Nações Unidas. O colegiado também pode determinar sanções.
O texto teve 120 votos a favor, enquanto 45 se abstiveram e 14 votaram não, incluindo Israel e os Estados Unidos.
A resolução tem um peso político e simbólico, mas não tem adesão obrigatória pelos países-membros da ONU.
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