A cerca de um ano do fim do contrato de concessão do Polo Rodoviário de Pelotas, a Ecosul (hoje rebatizada como Ecovias Sul) espera a publicação do edital que abrirá a nova disputa por esse complexo para avaliar as condições da concorrência. “Pelo fato de a gente estar operando há mais de 20 anos esse sistema, a gente o conhece muito bem e as chances de participarmos (do certame) são muito grandes”, afirma o diretor-superintendente da empresa, Fabiano Medeiros.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
A cerca de um ano do fim do contrato de concessão do Polo Rodoviário de Pelotas, a Ecosul (hoje rebatizada como Ecovias Sul) espera a publicação do edital que abrirá a nova disputa por esse complexo para avaliar as condições da concorrência. “Pelo fato de a gente estar operando há mais de 20 anos esse sistema, a gente o conhece muito bem e as chances de participarmos (do certame) são muito grandes”, afirma o diretor-superintendente da empresa, Fabiano Medeiros.
Porém, o dirigente reitera que a participação da companhia dependerá dos termos que constarão no edital. No total, o Polo Rodoviário de Pelotas possui 457,3 quilômetros de extensão e é composto pelas rodovias BR 116 – entre Camaquã, Pelotas e Jaguarão, com 260,5 quilômetros – e BR 392 – trecho de 196,8 quilômetros, que corta as cidades de Rio Grande, Pelotas e Santana da Boa Vista. O término da atual concessão da Ecovias Sul está previsto para 3 de março de 2026.
Medeiros ressalta que é importante para o mercado e usuários que a rodovia não fique sem a gestão de uma concessionária. O final do contrato vigente impactará, conforme dados da Ecovias Sul, 640 empregos diretos e quase 5 mil indiretos. Outro reflexo será na questão de investimentos (em 2024 o aporte na concessão foi de cerca de R$ 150 milhões). A empresa também chama a atenção que cessará o repasse de R$ 2,4 milhões mensais em ISS destinados a 14 municípios gaúchos que são afetados pelo polo rodoviário.
O diretor-superintendente da Ecovias Sul salienta que, apesar de a empresa ter no passado apresentado ao governo federal propostas de prorrogação do contrato da concessão do Polo Rodoviário de Pelotas por longo prazo (o que dispensaria uma nova licitação desse complexo), no momento essa possibilidade está descartada. No entanto, apesar da previsão da concessão da companhia terminar em março, ainda existe uma chance de que a gestão da Ecovias Sul sobre o polo possa se estender um pouco mais. Isso pois estava previsto para janeiro o reajuste do pedágio da companhia, mas a revisão não aconteceu porque o índice que seria adotado acabou não sendo definido.
Assim, há a chance de que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aplique o reajuste antes do fim da concessão ou que a Ecovias Sul tenha seu acordo estendido por algum tempo, para se ter um equilíbrio nas contas, ou ainda uma indenização para a concessionária por parte da União. Historicamente, um dos maiores questionamentos feitos ao Polo Rodoviário de Pelotas são as elevadas tarifas praticadas. Hoje, um veículo leve que sai de Porto Alegre em direção a Rio Grande passará por três pedágios da Ecovias Sul pagando em cada um R$ 19,60. No total, o polo possui pedágios em Rio Grande, Pelotas, Capão do Leão, Cristal e Canguçu.
Medeiros argumenta que o contrato do Polo Rodoviário de Pelotas é antigo e feito em uma época que havia muitos riscos na concessão de estradas, o que refletiu nos custos dos pedágios. Ele prevê que a nova concessão deverá ter preços mais baixos, já que será realizada em um cenário com um setor mais consolidado. Contudo, ele adverte que projetar valores muito baixos seria algo ilusório. Já na área de identidade visual, nesta semana, a EcoRodovias determinou que todas as 12 concessionárias do grupo (entre as quais a antiga Ecosul), que atuam em sete estados brasileiros, passem a se chamar Ecovias, com o objetivo de reforçar unidade e reconhecimento da marca. Com a mudança, a Ecosul passou a ser Ecovias Sul.
O coordenador de comunicação institucional da Ecovias Sul, Ivan Rodrigues, frisa que se trata simplesmente de uma adaptação do nome fantasia e que não muda em nada os direitos e deveres da companhia. Ele acrescenta que a empresa vem divulgando essa ação com a imprensa até para tentar diminuir as teorias de conspiração que possam surgir vinculando a mudança de marca a uma tentativa de perpetuar o atual modelo de pedágio, sem passar por uma nova disputa pela concessão.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro