Empregos no Brasil, ata do Fed nos EUA; o que movimenta o mercado hoje
Share this via
Desemprego cai para 5,2% e atinge menor taxa desde início da série histórica
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro de 2025, segundo a Pnad Contínua do IBGE. É o menor patamar desde o início da série histórica em 2012. O indicador registra recordes sucessivos desde o trimestre encerrado em junho deste ano.
O número de pessoas desocupadas também atingiu o menor nível da série: 5,644 milhões, redução frente aos 5,91 milhões do trimestre anterior. O pico de desemprego ocorreu no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de covid-19, quando alcançou 14,979 milhões de pessoas.
A população ocupada chegou a 103,2 milhões, novo recorde. Com isso, o nível de ocupação alcançou 59,0% da população com 14 anos ou mais, também o maior percentual da série histórica.
Caged traz dados de novembro com expectativa de desaceleração
O Ministério do Trabalho divulga hoje (o Caged de novembro, mostrando o saldo de empregos formais com carteira assinada no mês. A expectativa do mercado é de criação em torno de 54 mil vagas, representando nova desaceleração na geração de empregos.
Em outubro, o Brasil criou 85,1 mil postos formais, abaixo das projeções do mercado (entre 100 mil e 110 mil vagas) e registrando o pior resultado para um mês de outubro desde o início da série atual em 2020. O número reforçou a percepção de perda de fôlego do mercado de trabalho formal após anos de criação robusta de vagas.
O dado de hoje ajudará a fechar o quadro do emprego formal em 2025, influenciando revisões de PIB e inflação de serviços. Leituras muito acima ou abaixo do esperado podem afetar as expectativas sobre a trajetória da Selic em 2026.
Ata do Fed traz pistas sobre ritmo de cortes de juros em 2026
O Federal Reserve divulga hoje a ata da reunião de 10 e 11 de dezembro, documento que pode esclarecer a trajetória dos juros americanos em 2026. O encontro foi marcado por uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa, que ficou entre 3,50% e 3,75%, mas com sinalização de ritmo mais lento à frente.
O mercado busca entender se o Fed está mais inclinado a pausar os cortes por receio da inflação ou se mantém margem para novos afrouxamentos caso o mercado de trabalho enfraqueça. A última reunião teve divisão: maioria aprovou o corte de 25 pontos, um membro defendeu 50 pontos e dois votaram pela manutenção.
O comunicado de dezembro já havia sinalizado cautela ao mencionar que o Comitê avaliará "a extensão e o timing" de novos ajustes. A projeção oficial prevê apenas mais um corte em 2026, o que levou o mercado a reduzir apostas em afrouxamento adicional no curto prazo.
Na ata, investidores vão procurar referências sobre inflação "ampla" ou "persistente", que indicam postura mais restritiva, e menções ao enfraquecimento do emprego, que sugerem abertura para mais cortes.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro