O governo do Estado firmou nesta segunda-feira (28) uma série de acordos com o objetivo de adotar no Rio Grande do Sul medidas que contribuam para a consolidação de uma matriz de energia sustentável. Uma dessas ações foi a assinatura do contrato para a elaboração do Plano de Transição Energética Justa do Rio Grande do Sul.
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O governo do Estado firmou nesta segunda-feira (28) uma série de acordos com o objetivo de adotar no Rio Grande do Sul medidas que contribuam para a consolidação de uma matriz de energia sustentável. Uma dessas ações foi a assinatura do contrato para a elaboração do Plano de Transição Energética Justa do Rio Grande do Sul.
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Outras iniciativas apresentadas foram as confirmações de memorandos (individuais) com a empresa Mingyang do Brasil (que tem origem chinesa) e com os municípios de São Francisco de Assis e São José do Norte para auxiliar no desenvolvimento de eventuais projetos de hidrogênio verde.
As parcerias foram feitas em evento no Palácio Piratini, que contou com a presença do governador Eduardo Leite. Ele salienta que o Rio Grande do Sul pretende contribuir com a mitigação das ações humanas que impactam o clima e reforça que essa é uma pauta mundial. "Isso todos temos que fazer juntos", reitera. Leite também cita que, no caso do carvão, mineral o qual o Estado possui a maior reserva do País, não é uma solução que envolve simplesmente desativar as termelétricas, pois isso afetaria milhares de famílias que dependem dessa atividade e assim sendo é importante pensar em alternativas econômicas.
A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, enfatiza que as medidas fazem com que o Rio Grande do Sul busque uma adequação ao que está ocorrendo em âmbito mundial em relação à diminuição de emissões de gases que provocam o efeito estufa e ao desenvolvimento de novas cadeias energéticas. No caso da transição, ela frisa que o planejamento realizado irá abranger os reflexos da mudança da matriz de energia dentro de conceitos econômicos, sociais e ambientais.
Marjorie lembra que, nesse contexto, é preciso levar em conta que o carvão (fonte fóssil criticada por várias associações ambientais devido as suas emissões) é um elemento importante para determinadas regiões gaúchas (como a Campanha e o Baixo Jacuí, por exemplo) e para a capacidade industrial do Estado. “Então, o plano vai trabalhar esses pontos, durante 12 meses (a entrega do estudo está prevista para novembro de 2025), tentando trazer, além de um diagnóstico, os caminhos que vamos seguir”, afirma a secretária.
O acerto para a construção do planejamento foi fechado com a empresa WayCarbon e o Centro Brasil no Clima (CBC) envolve um investimento de cerca de R$ 2,3 milhões. AWayCarbon já atua com os governos de Minas Gerais e de Porto Alegre em ações que têm como objetivo a descarbonização da economia.
Sobre o tema do hidrogênio verde, Marjorie destaca que o memorando com a Mingyang do Brasil segue o exemplo de protocolos já firmados anteriormente com outras companhias, que buscam facilitar e apoiar a instalação de empreendimentos dessa natureza no Estado. No caso das cidades de São José do Norte e de São Francisco de Assis, ela comenta que os municípios já identificaram capacidades de produção com preço competitivo e vão se colocar à disposição das empresas que quiserem aproveitar as oportunidades locais e contribuir na capacitação de mão de obra.
“Uma vez assinando um memorando, seja município ou empresa, eles passam a fazer parte da nossa (do Estado) lista de interessados, e começam a participar ativamente do processo de elaboração dessa nova matriz energética”, comenta a secretária. É possível aproveitar o hidrogênio para ações como armazenar e gerar energia por meio de células de combustível (em veículos de pequeno, médio e grande porte, como automóveis e caminhões), assim como pode servir como insumo para a produção siderúrgica, química, petroquímica, alimentícia e de bebidas e para o aquecimento de edificações. A partir do hidrogênio verde também é viável obter a amônia verde.
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