O Federal Reserve, banco central americano, decidiu manter os juros básicos dos Estados Unidos na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, estendendo por ainda mais tempo a pausa nas taxas iniciada em setembro de 2023. O banco também sinalizou que a maioria das autoridades projeta que as taxas de juros americanas devem terminar o ano entre 4,5% e 4,75%, o que equivaleria a três cortes de 0,25 ponto percentual, indicando que há confiança numa redução dos custos de empréstimo em breve.A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado: segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, analistas viam 99% de chance de manutenção dos juros americanos na reunião do Fomc (comitê de política monetária dos EUA) desta quarta.Em seu comunicado, o comitê não realizou grandes alterações em relação a sua última reunião, em janeiro. A única mudança foi em relação aos dados de mercado de trabalho: o Fomc retirou um trecho em que afirmava que a criação de vagas havia sido "moderada", mencionando apenas que o indicador "permaneceu forte"."Isso sugere que o mercado de trabalho não esteja desacelerando na velocidade desejada pelo comitê. De modo geral, a manutenção de três cortes para 2024 ao mesmo tempo em que as projeções de inflação e atividade aumentam sugere que o Fed crê em um cenário de 'goldilocks' [economia sem grandes contrações ou expansões], o que deve permitir com que o rally do mercado continue", diz André Cordeiro, economista sênior do Inter.Nas projeções, apesar de o número previsto de cortes ter sido mantido, a autoridade monetária mostrou que menos dirigentes esperam reduções mais profundas de juros neste ano: em dezembro, cinco deles projetavam cortes quatro ou mais cortes de 0,25 ponto percentual; agora, apenas um manteve essa previsão.Além disso, a projeção para crescimento da economia saiu de 1,4% para 2,1%, enquanto a previsão para taxa de desemprego caiu de 4,1% para 4%, sinalizando a visão do Fed de uma economia mais aquecida.As revisões, no entanto, não foram suficientes para desanimar o mercado. A maior dúvida é sobre quando o Fed deve começar a reduzir os juros. No fim do ano passado, parte do mercado começou a apostar numa redução das taxas já na reunião deste mês e em pelo menos seis cortes ao longo do ano, mas dados recentes de inflação e emprego reduziram o otimismo dos investidores.Agora, o consenso é que o afrouxamento monetário deve ter início apenas no segundo semestre, e o mercado espera apenas quatro cortes de 0,25 ponto percentual nos juros americanos neste ano."A decisão do Fomc, bem como suas novas projeções, vieram melhores que o temido, mas mostram menor convicção com o ciclo de afrouxamento à frente. Existia um temor no mercado que os dados recentes mais fortes na parte de atividade e inflação pudessem mexer com a projeção do Fomc de três cortes para dois este ano", afirma Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez.
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O Federal Reserve, banco central americano, decidiu manter os juros básicos dos Estados Unidos na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, estendendo por ainda mais tempo a pausa nas taxas iniciada em setembro de 2023. O banco também sinalizou que a maioria das autoridades projeta que as taxas de juros americanas devem terminar o ano entre 4,5% e 4,75%, o que equivaleria a três cortes de 0,25 ponto percentual, indicando que há confiança numa redução dos custos de empréstimo em breve.
A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado: segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, analistas viam 99% de chance de manutenção dos juros americanos na reunião do Fomc (comitê de política monetária dos EUA) desta quarta.
Em seu comunicado, o comitê não realizou grandes alterações em relação a sua última reunião, em janeiro. A única mudança foi em relação aos dados de mercado de trabalho: o Fomc retirou um trecho em que afirmava que a criação de vagas havia sido "moderada", mencionando apenas que o indicador "permaneceu forte".
"Isso sugere que o mercado de trabalho não esteja desacelerando na velocidade desejada pelo comitê. De modo geral, a manutenção de três cortes para 2024 ao mesmo tempo em que as projeções de inflação e atividade aumentam sugere que o Fed crê em um cenário de 'goldilocks' [economia sem grandes contrações ou expansões], o que deve permitir com que o rally do mercado continue", diz André Cordeiro, economista sênior do Inter.
Nas projeções, apesar de o número previsto de cortes ter sido mantido, a autoridade monetária mostrou que menos dirigentes esperam reduções mais profundas de juros neste ano: em dezembro, cinco deles projetavam cortes quatro ou mais cortes de 0,25 ponto percentual; agora, apenas um manteve essa previsão.
Além disso, a projeção para crescimento da economia saiu de 1,4% para 2,1%, enquanto a previsão para taxa de desemprego caiu de 4,1% para 4%, sinalizando a visão do Fed de uma economia mais aquecida.
As revisões, no entanto, não foram suficientes para desanimar o mercado.
A maior dúvida é sobre quando o Fed deve começar a reduzir os juros. No fim do ano passado, parte do mercado começou a apostar numa redução das taxas já na reunião deste mês e em pelo menos seis cortes ao longo do ano, mas dados recentes de inflação e emprego reduziram o otimismo dos investidores.
Agora, o consenso é que o afrouxamento monetário deve ter início apenas no segundo semestre, e o mercado espera apenas quatro cortes de 0,25 ponto percentual nos juros americanos neste ano.
"A decisão do Fomc, bem como suas novas projeções, vieram melhores que o temido, mas mostram menor convicção com o ciclo de afrouxamento à frente. Existia um temor no mercado que os dados recentes mais fortes na parte de atividade e inflação pudessem mexer com a projeção do Fomc de três cortes para dois este ano", afirma Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez.

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