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Festa da Uva começa com apelos para que política seja agregadora

Em solenidade com a participação de aproximadamente 800 convidados e autoridades, a abertura da 34ª Festa Nacional da Uva, nesta quinta-feira (15), em Caxias do Sul, foi marcada por duas manifestações direcionadas ao ambiente político. Após agradecer o trabalho voluntário de centenas de pessoas e entidades públicas e privadas na organização do evento ao longo dos últimos 12 meses, o presidente da Comissão Comunitária, Fernando Bertotto, pediu que as novas gerações acreditem na festa e que a política não atrapalhe a Festa da Uva. “A festa é maior do que qualquer outra coisa”, afirmou, ao registrar que o evento alcançou a grandiosidade que tem pelo trabalho de quem esteve à frente das edições anteriores.

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Em solenidade com a participação de aproximadamente 800 convidados e autoridades, a abertura da 34ª Festa Nacional da Uva, nesta quinta-feira (15), em Caxias do Sul, foi marcada por duas manifestações direcionadas ao ambiente político. Após agradecer o trabalho voluntário de centenas de pessoas e entidades públicas e privadas na organização do evento ao longo dos últimos 12 meses, o presidente da Comissão Comunitária, Fernando Bertotto, pediu que as novas gerações acreditem na festa e que a política não atrapalhe a Festa da Uva. “A festa é maior do que qualquer outra coisa”, afirmou, ao registrar que o evento alcançou a grandiosidade que tem pelo trabalho de quem esteve à frente das edições anteriores.

No encerramento do seu discurso, o governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou o apelo do presidente. Para o chefe do Executivo gaúcho, a política não deve atrapalhar em nada, citando famílias, amizades, trabalho e relações. “Que a política deixe de ser um atrapalho, seja um espaço de respeito, onde posições divergentes sejam respeitadas. Ao invés de atacar as pessoas, vamos atacar os problemas”, afirmou.

O governador Eduardo Leite argumentou que a festa não celebrava apenas a uva, mas o esforço dos agricultores para garantir uma produção de qualidade. Para ele, o evento também ajuda a reanimar aqueles que sofreram com os fenômenos climáticos, de forma especial no ano passado, com seca seguida por chuvas fortes, responsáveis por danos e perdas de vidas. “Os que vieram há 150 anos são inspiradores para buscarmos forças e avançarmos. São exemplos de prosperidade, porque superaram enormes dificuldades para vencer”, registrou.

O prefeito Adiló Didomenico assinalou que a presença das autoridades referendava a importância política, econômica, cultural e social de Caxias do Sul, onde o agronegócio, em especial, a agricultura familiar, tem grande expressão. Citou que 3,5 mil famílias, com média de 10 hectares por propriedade, colocam a cidade na condição de maior produtora de hortifrutigranjeiros do Rio Grande do Sul. Recordou que são áreas produtivas, onde a preservação ambiental está acima da exigida pela legislação. Tal fato redundou em convite para a cidade participar da 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, em Dubai, em janeiro passado.

Ainda mencionou que o setor agrícola, mesmo atormentado, neste ano, pelos fenômenos climáticos, jamais perdeu as esperanças e seguiu apostando no seu trabalho. Destacou a produção de 70 mil toneladas anuais de uvas na cidade, que sustenta uma cadeia ampla de produtores de vinhos, sucos e espumantes, além da venda in natura. Frisou também que a cidade, que se prepara para comemorar os 150 anos da imigração italiana, já conta com mais de 50 diferentes nacionalidades. “Isto mostra a marca do acolhimento, da fraternidade e da meritocracia, com o reconhecimento da importância de quem constrói o futuro, sem perder sua identidade histórica”, frisou.

O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, homenageou as famílias italianas que chegaram à cidade há 150 anos, os agricultores do estado que superaram as dificuldades impostas pela seca e chuvas no ano passado; e a comissão comunitária responsável pela organização. Citou a destinação recorde de R$ 77,7 bilhões em recursos federais para o Plano da Agricultura Familiar, com juros variando de 3% a 6%, dependendo da aplicação. Também comentou a linha especial de R$ 30 milhões para as cooperativas produtoras de suco e uva, com quem se reuniu, no final do dia, para avaliar novas possibilidades.

Teixeira mencionou interesse do ministério em firmar convênio com a Embrapa para apoiar o desenvolvimento de agricultura mais ecológica e digital, visando atualizar o segmento e estimular a continuidade dos jovens no campo. Outro movimento anunciado é de uma reunião com a indústria metalmecânica para debater medidas que levem à fabricação de novas máquinas com tecnologias que auxiliem o trabalho na agricultura familiar. Confirmou o lançamento de edital com destinação de R$ 400 milhões pela Finep para o desenvolvimento destas novas tecnologias.

A visitação ao Parque de Eventos está liberada ao público a partir das 14h da sexta (16). Os ingressos custam R$ 20, com direito a meia-entrada. Nos dias 19 e 26 de fevereiro, não haverá cobrança no acesso ao parque. O funcionamento é das 14h às 22h, de segunda a quinta; das 14h às 23h, nas sextas; das 10h às 23h, nos sábados; e das 10h às 22h, aos domingos. Para estacionar no parque, o custo é de R$ 20 para automóveis e motos. Mais informações em www.festadauva.com.br.

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