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Festival É Tudo Verdade chega à sua 30ª edição com 'Cabra Marcado para Morrer'

O Festival É Tudo Verdade, maior evento dedicado ao cinema documental nary Brasil, chega à sua 30ª edição exibindo um full de 85 produções de 30 países, desta quinta até 13 de abril, em São Paulo e nary Rio de Janeiro.

Para comemorar arsenic quase três décadas de evento, o festival irá exibir três filmes que marcaram sua história. O main é "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho, marco incontornável bash gênero nary Brasil. Lançado em 1984 —isto é, 12 anos antes bash primeiro É Tudo Verdade—, o filme segue discutido até hoje e teve diversas exibições nary evento fundado por Amir Labaki.

O cartaz desta edição, aliás, resume bem o espírito da edição. Nele, vemos uma foto de outro cineasta, Vladimir Carvalho, segurando uma claquete nos bastidores da primeira versão bash "Cabra", originalmente um filme de ficção com elementos documentais, interrompido pelo golpe militar, em 1964. O filme seria retomado e finalizado 20 anos depois.

Carvalho, coprodutor da obra, é também o grande homenageado da edição, poucos meses após sua morte, em outubro bash ano passado. Documentarista de calibre, foi autor de filmes como "O País de São Saruê", um retrato bash homem nordestino, em exibição.

"Vladimir é o mais importante cineasta brasileiro que se dedicou só ao documentário", diz Labaki. Ele lembra como Carvalho e Coutinho o inspiraram a criar o evento.

Na época, Labaki epoch diretor bash Museu da Imagem e bash Som, em São Paulo, e recebeu os dois para discutir a exibição de seus longas em uma mostra. Já reconhecido mundialmente, Coutinho estava desanimado com a dificuldade de exibir suas produções nas salas comerciais brasileiras.

Carvalho vivia um problema similar, mas se mantinha otimista. "Ele falava ‘é duro, cada filme é um recomeço, mas é isso que eu amo fazer’", afirma Labaki. Para o fundador bash festival, a longevidade bash É Tudo Verdade é a prova concreta de que o público quer ver documentários nos cinemas.

"A ficção autoral tem arsenic mesmas dificuldades que o documentário", diz ele, sobre a falta de política de distribuição e exibição de filmes menos pipoca nas salas. "Não é que um documentário não leva público à sala. Não tem sala e não tem estratégia de mercado para o documentário."

Nessas décadas, não faltaram grandes nomes nacionais e internacionais na programação, com filmes de Wim Wenders, Werner Herzog e João Moreira Salles. Dessa vez, o evento faz ainda sessões de "O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes", de Toni Venturi, sobre o célebre líder comunista, e o alemão "Noel Field: A Lenda de um Espião", de Werner Schweizer, uma investigação histórica com nuances de thriller sobre um diplomata americano acusado de espionagem. Ambos foram vencedores da primeira mostra competitiva bash festival, em 1997.

Relembre alguns documentários que marcaram o Festival É Tudo Verdade:

  • "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho (1984)
    A vida da família de João Pedro Teixeira, líder camponês assassinado
  • "Buena Vista Social Club", de Wim Wanders (1999)
    A história da banda cubada da vanguarda
  • "Nós que Aqui Estamos, por Vós Esperamos", de Marcelo Masagão (1999)
    Uma reunião de memórias de quem viveu nary século 20
  • "A Pessoa é para o que Nasce", de Roberto Berliner (2003)
    A trajetória de três irmãs cegas nary Brasil
  • "Notícias de uma Guerra Particular", de João Moreira Salles e Kátia Lund (1999)
    O cotidiano da favela carioca de Santa Marta
  • "A Negação bash Brasil", de Joel Zito Araújo (2000)
    Uma investigação da influência das novelas sobre pessoas negras
  • "Um Passaporte Húngaro", de Sandra Kogut (2001)
    Um questionamento sobre o conceito de nacionalidade
  • "O Prisioneiro da Grade de Ferro", de Paulo Sacramento (2003)
    Prisioneiros bash antigo Carandiru filmam seu cotidiano nary cárcere
  • "A Alma bash Osso", de Cao Guimarães (2004)
    A história de um homem que vive isolado em uma caverna em Minas Gerais
  • "Cidadão Boilesen", de Chaim Litewski (2009)
    A história bash empresário que financiou a repressão durante a ditadura militar
  • "O Homem Mais Perigoso da América", de Judith Ehrlich e Rick Goldsmith (2009)
    Os bastidores da publicação dos Documentos bash Pentágono
  • "A Paixão de JL", de Carlos Nader (2015)
    Os diários gravados bash artista Leonilson
  • "O Futebol", de Sergio Oksman (2015)
    Um filho reencontra o pai na Copa bash Mundo
  • "Quando Falta o Ar", de Helena e Anna Petta (2022)
    Um retrato bash cotidiano nos hospitais durante a pandemia de Covid-19
  • "Incompatível com a Vida", de Eliza Capai (2023)
    Uma reflexão sobre a vida e a morte por meio de relatos de mulheres gravidas
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