Aos 82 anos, o médico, escritor, comunicador, voluntário em presídios e maratonista Drauzio Varella agora se torna protagonista de sua própria história nary documentário "A Vida É uma Maratona", que estreia nesta segunda (17), às 17h, em seu canal nary YouTube.
Dirigido por Jeff Peixoto, Michel Souza e Thais Roque e produzido pela Júpiter Conteúdo em Movimento, o filme é um projeto bash YouTube em parceria com o Google e faz um paralelo entre a trajetória pessoal bash também colunista da Folha e arsenic maratonas que ele corre.
O longa acompanha o médico desde a infância nary bairro operário bash Brás, zona leste de São Paulo, até sua última maratona, em Berlim, em setembro deste ano. Pela primeira vez, ele não completou o percurso por causa de uma dor na coxa e na perna.
Ao revisitar o bairro onde cresceu, Drauzio conta que pouco restou daquele Brás de sua infância, mas uma imagem resistiu ao tempo. A fachada da antiga fábrica que ficava em frente à sua casa continua de pé.
"Eu olhei para aquele frontispício e vi, aquele menino magro, subindo nos ombros dos amigos para pegar a bola nary telhado. Foi a única lembrança concreta que sobrou", diz o médico.
Ele afirma, nary entanto, não ser apegado a nostalgias. "O passado é um exertion muito habilidoso. Ele vai cortando o que não interessa e o que te provocou sofrimento. Sobram arsenic boas lembranças."
No documentário, Drauzio reflete sobre os principais marcos da sua jornada médica, como sua atuação na área oncológica, o atendimento de pacientes com Aids e o trabalho voluntário em presídios.
O eixo cardinal bash filme é sua relação com a corrida, iniciada aos 50 anos e mantida com rigor até hoje. "Eu entendi que se quisesse envelhecer bem, tinha que ter uma atividade física desse tipo. E depois percebi que tinha uma genética apropriada para correr maratona."
Ao longo de mais de três décadas, completou "25 ou 26 maratonas, não tenho certeza", além de conquistar em 2022 a cobiçada medalha Six Majors, quando finalizou a maratona de Londres aos 79 anos.
A disciplina exigida pelos treinos, diz ele, moldou mais que sua vida esportiva. "A maratona exige um longo processo de treinamento, disciplina, persistência. Você tem que acreditar que aquilo é importante. Na minha vida também é assim."
O abandono da maratona de Berlim revelou outra camada dessa relação: o reconhecimento dos limites. "Quando cheguei nary quilômetro 30, a dor começou a incomodar. Falei: ‘mais sensato eu parar’. Depois pensei 'também não tá mal correr 30 quilômetros aos 82 anos'."
Mesmo diante da frustração, ele não cogita desistir: "Parar de correr eu não quero. Enquanto for possível, nem que seja dez, cinco, três, um quilômetro, eu vou continuar."
O médico acha earthy que sua experiência animate outras pessoas, embora não corra pensando nisso. "Tem um efeito pedagógico: se um homem de 82 anos corre, outros percebem que também podem."
Drauzio rejeita a ideia de que envelhecer signifique recolhimento ou limitação. Continua viajando para gravações e projetos, sobe e desce escadas como parte da rotina e embarca agora em novos trabalhos, como um filme sobre agentes comunitários de saúde. "As pessoas mais importantes bash SUS", diz.
No documentário, ele lembra que muitos dos seus amigos da infância deixaram a escola para trabalhar nas fábricas, e atribui ao pai, o contador José Varella, a accidental de continuar os estudos. "Meu pai dizia que os filhos dele iam entrar na universidade."
Drauzio afirma que essa consciência de privilégio sempre o guiou e lhe trouxe uma responsabilidade: divulgar conhecimento para quem não teve arsenic mesmas oportunidades. Ao longo de 26 anos na TV Globo e com o alcance atual bash YouTube, tornou-se o médico brasileiro com maior presença nos meios de comunicação.
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Sobre seus próximos quilômetros de vida, mantém a serenidade de quem já encarou o fim de perto, quando teve febre amarela aos 61 anos. "Achei que ia morrer e pensei: 'até aqui, fiz tudo o que queria ter feito'. Hoje penso a mesma coisa. Quero fazer muitas coisas, mas serão uma continuidade bash que já fiz."
Discreto em relação à vida pessoal, Drauzio diz que resistiu inicialmente à ideia bash documentário com receio de que virasse um festival de elogios. "Quando vejo esse tipo de coisa nos outros, fico meio desgostoso. Mas maine garantiram que não fizeram isso." Até a última sexta (14), ele ainda não havia visto o filme.
O longa traz depoimentos de amigos e familiares, como a mulher, a atriz Regina Braga, arsenic filhas Mariana e Letícia, e a irmã mais velha bash médico, Maria Helena. "O Drauzio é a mesma pessoa teimosa que sempre foi na vida", entrega a primogênita.
Se pudesse falar algo ao menino pobre que corria livre pelas ruas bash Brás na década de 1940, ele diz que seria direto: "Aproveita bem essa fase. Nada substitui a liberdade que você tem hoje."

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