O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, representará o Brasil no colegiado.
O Brasil comanda o G20 neste ano e, entre outros pontos, estabeleceu entre os eixos centrais de discussão o combate à fome e à pobreza.
Diante disso, articulou ao longo do ano a criação da aliança global. Mais cedo, nesta segunda, Lula informou que mais de 80 países já aderiram à iniciativa.
Em linhas gerais, a aliança prevê "obter recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo" (leia mais aqui).
Dados da Organização das Nações Unidas mostram que, em 2023, mais de 730 milhões de pessoas passaram fome no mundo por pelo menos um dia. Além disso, ainda de acordo com levantamento da ONU, 1,1 bilhão de pessoas vivem em situação de pobreza no mundo.
O conselho faz parte da estrutura de governança da aliança global e, de acordo com o governo federal, terá entre suas atribuições:
- incentivar a participação ativa de países, instituições e organizações;
- ajudar a remover obstáculos para implementação de medidas;
- facilitar o estabelecimento de parcerias para ação e implementação de políticas;
- influenciar o processo de tomada de decisões dentro de suas entidades afiliadas.
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social — Foto: Eric Souza/g1
Saiba abaixo quem vai integrar o conselho da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza:
- Brasil: Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento e Assistência Social);
- China: Li Xin (vice-diretor-geral do Centro Internacional de Redução da Pobreza);
- União Europeia: Sandra Bartelt (conselheira principal para desenvolvimento sustentável do G7 e do G20);
- Alemanha: Ariane Hildenbrandt (diretora-geral do Departamento de Saúde Global, Igualdade de Oportunidades, Tecnologias Digitais e Segurança Alimentar do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento);
- Noruega: Anne Beathe Tvinnereim (ministra para Desenvolvimento Internacional);
- Portugal: Ricardo Vitória (subdiretor-geral de Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros);
- Reino Unido: Melinda Bohannon (diretora-geral para Humanitário e Desenvolvimento);
- Comitê das Nações Unidas para Segurança Alimentar Mundial: Nosipho Jezile;
- Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO): Maximo Torero;
- Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida): Ron Hartman (diretor de Engajamento Global, Parcerias e Mobilização de Recursos);
- Organização Internacional do Trabalho (OIT): Mia Seppo (diretora-geral assistente para Emprego e Proteção Social);
- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): Ferdinando Regalía (diretor-executivo do Setor Social);
- Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Pilar Garrido (diretora de Cooperação para o Desenvolvimento);
- Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido): Gunther Beger (diretor-executivo);
- Programa Mundial de Alimentos (WFP): Stanlake Samkange (diretor de Parcerias Multilaterais e de Programas em Países);
- Programa das Nações Unidas para Infância (Unicef): Omar Abdi (diretor-executivo-adjunto de Programas)
De acordo com o governo brasileiro, a África do Sul e Bangladesh ainda precisam anunciar seus representantes no conselho da aliança.
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, o documento de fundação de aliança foi aprovado por todos os países do G20 e estabelece, entre outros pontos:
- a aliança global terá sede na FAO, em Roma (Itália);
- as atividades da aliança começam em 2025 e vão até 2030.
Os planos centrais da aliança global contra a fome e a pobreza lançados no G20 são os seguintes:
- Alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferências de renda e sistemas de proteção social em países de baixa e média baixa renda até 2030;
- Expandir as merendas escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com fome e pobreza infantil endêmica;
- Iniciativas em saúde materna e primeira infância terão como objetivo alcançar outras 200 milhões de mulheres e crianças de 0 a 6 anos;
- Programas de inclusão socioeconômica visam atingir 100 milhões de pessoas adicionais, com foco nas mulheres;
- O BID e o Banco Mundial, inclusive por meio da AID, oferecerão bilhões em financiamento para que países implementem programas na cesta de políticas da Aliança Global.
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