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Gasolina, leite, comer fora de casa: que mais pesou no bolso em 2024?

Gasolina negociada em dólar. Item de maior impacto no ano passado, o preço da gasolina sofre as consequências diretas da alta do dólar, cotado acima dos R$ 6 desde o fim de novembro. Isso porque o petróleo, matéria-prima do combustível, é negociado na moeda americana.

Saúde pesou no bolso do consumidor. Os reajustes dos planos de saúde foram de 6,91% para os planos individuais, que têm teto definido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e de 13,8% para os planos coletivos por adesão.

As refeições e lanches fora de casa também foram destaque negativo no saldo dos brasileiros. A pesquisa anual da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador) mostrou que a refeição completa mais barata fora de casa custou, em média, R$ 37,44 por dia — alta de 9,15% em comparação com 2023. Para quem almoça os 22 dias úteis fora de casa, o custo é de mais da metade de um salário mínimo.

Clima impactou no preço do leite. A inflação nos lácteos, como no litro do leite longa vida, é reflexo das enchentes no Rio Grande do Sul (o estado é responsável por cerca de 12% da produção brasileira), pelo clima quente no segundo semestre do ano e pelo atraso na época de chuvas, explica Glauco Carvalho, pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Os preços, que recuaram fortemente nos primeiros meses do ano, começaram a subir a partir de junho. Em novembro, a alta foi de 20,38% em relação ao mesmo mês de 2023.

Cafezinho vai continuar caro. O café moído, que registrou forte alta no ano passado, deve continuar no mesmo ritmo neste ano, consequência de fatores climáticos e logísticos. O Brasil e o Vietnã, dois maiores produtores de café do mundo, foram atingidos por fenômenos climáticos extremos, que afetaram as lavouras, que demoram a se recuperar. Além disso, o aumento nos custos de fertilizantes e outros insumos agrícolas, agravado pela volatilidade cambial, impactou os custos de produção.

Nos supermercados, o pacote de 1 kg foi vendido, em média, a R$ 48,57. Em janeiro, o preço do mesmo pacote era R$ 35,09. Os dados são da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café).

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