Para a artista visual Giselle Beiguelman, a pergunta "quem é o autor da obra criada com IA?" aponta uma questão importante. Em entrevista ao Deu Tilt, ela afirma que o autor continua sendo quem negocia com a tecnologia, quem orienta, refina, tensiona e decide os caminhos do processo. A IA não cria sozinha e o artista existe como mediador, exatamente como acontece no cinema, que é o grande paradigma da autoria distribuída: ali convivem diretores, roteiristas, produtores, atores, montadores, técnicos. A arte é resultado de uma cadeia de produção. Nas artes visuais, esse deslocamento é mais radical, porque a tradição sempre colocou o artista como um sujeito único, quase solitário, responsável por tudo. A IA abre um campo onde a autoria é compartilhada. Mas existe um lado sombrio do processo. Giselle vê com preocupação a consolidação de uma economia da solidão, onde tudo pode ser feito sozinho, em casa, sem troca, sem conversa e sem equipe. Ela questiona também o impacto desses sistemas na inspiração humana. Como fica o futuro da criação quando lidamos com ferramentas que ocultam suas regras e seus limites? Como promover letramento digital se os próprios dispositivos não expõem seus processos internos e são orientados por interesses comerciais? É um cenário que exige atenção constante, porque redefine o que entendemos por criação e participação humana.
6 dias atrás
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Giselle Beiguelman: ?A IA não cria sozinha. Autor negocia com tecnologia?
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