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Giselle Beiguelman explica por que público se frustra com arte feita por IA

A artista visual Giselle Beiguelman explicou, em entrevista ao Deu Tilt, que seu processo criativo com IA mudou radicalmente nos últimos anos. Antes, tudo era muito manual: ela criava ou customizava modelos, montava "datasets" e construía um percurso quase artesanal para cada obra. Hoje, o processo se tornou anárquico. Criar com IA virou uma grande conversa: um bate e volta constante, uma negociação infinita de resultados, com várias plataformas ao mesmo tempo. Cada ferramenta tem semelhanças e particularidades, e o prompt virou o ponto decisivo. Escolher palavras, ajustar sentidos e driblar a censura algorítmica é parte do processo. Giselle procura, de fato, co-criar com a máquina. Recentemente, ela criou, com a plataforma de geração de vídeos Sora, da OpenAI, um filme distópico em que o Amazonas é tomado por lixo eletrônico. A ideia era terminar com o nascimento de uma flor, mas a IA produziu uma cena que a própria artista não teria concebido sozinha. Para Giselle, a frustração de muitas pessoas com arte feita com IA vem de uma visão romântica e antropocêntrica da criação. A ideia de que arte é dom, genialidade individual e toque divino é típica de uma visão eurocêntrica, que não se repete em outras culturas. A IA expõe o clichê e obriga a repensar a criação como processo compartilhado, não como expressão de um só sujeito.

A artista visual Giselle Beiguelman explicou, em entrevista ao Deu Tilt, que seu processo criativo com IA mudou radicalmente nos últimos anos. Antes, tudo era muito manual: ela criava ou customizava modelos, montava "datasets" e construía um percurso quase artesanal para cada obra. Hoje, o processo se tornou anárquico. Criar com IA virou uma grande conversa: um bate e volta constante, uma negociação infinita de resultados, com várias plataformas ao mesmo tempo. Cada ferramenta tem semelhanças e particularidades, e o prompt virou o ponto decisivo. Escolher palavras, ajustar sentidos e driblar a censura algorítmica é parte do processo. Giselle procura, de fato, co-criar com a máquina. Recentemente, ela criou, com a plataforma de geração de vídeos Sora, da OpenAI, um filme distópico em que o Amazonas é tomado por lixo eletrônico. A ideia era terminar com o nascimento de uma flor, mas a IA produziu uma cena que a própria artista não teria concebido sozinha. Para Giselle, a frustração de muitas pessoas com arte feita com IA vem de uma visão romântica e antropocêntrica da criação. A ideia de que arte é dom, genialidade individual e toque divino é típica de uma visão eurocêntrica, que não se repete em outras culturas. A IA expõe o clichê e obriga a repensar a criação como processo compartilhado, não como expressão de um só sujeito.

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