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'Grande novidade é a IA tomar decisão pelo artista', diz Giselle Beiguelman

Antes, Giselle trabalhava com tecnologia, mas quase que de forma quase artesanal: criava ou customizava modelos, montava datasets próprios e acompanhava cada etapa manualmente. Agora, a criação é uma conversa ininterrupta com a IA: múltiplas plataformas entram no fluxo e o ajuste dos prompts -as instruções que dão sentido à obra- virou peça-chave.

Hoje, é um processo, por um lado, mais projetual e mais anárquico, porque ele é uma grande conversa. Falo que é mais uma metodologia talmúdica, que é um bate-volta de perguntas. E, a partir desses resultados, [precisa] reprocessá-los, renegociá-los. E eu dificilmente trabalho com uma plataforma só. Eu pego o resultado de uma, coloco em outra, volta para a primeira. Vou mudando, porque elas têm muitas semelhanças, mas têm algumas particularidades.
Giselle Beiguelman

Giselle Beiguelman: 'Fizemos o download da internet e vivemos dentro dela'

A cada novo ciclo de tecnologia, cresce a discussão sobre impactos ambientais e sociais das inovações digitais. O novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, recebe a artista visual Giselle Beiguelman para discutir o duplo papel da inteligência artificial: por um lado, pode antecipar desastres, mas, por outro, contribui com o consumo acelerado de recursos naturais.

Beiguelman chama atenção para a contradição: a IA pode prever enchentes e antecipar diagnósticos médicos, mas faz parte de uma engrenagem que exige troca constante de equipamentos e serviços. Essa lógica, diz, foi construída sem planejamento, o que impõe desafios pouco discutidos sobre futuro, responsabilidade e memória coletiva.

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