As autoridades israelenses ainda não se manifestaram sobre o assunto, mas, anteriormente, afirmaram que o Hamas têm centros de comando e túneis embaixo de centros médicos.
Diversas famílias de Gaza estão abrigadas em hospitais dentro do território para se protegerem dos bombardeios, já que atacar centros médicos e profissionais da saúde é crime de guerra.
Equipes médicas relataram que as forças de Israel assumiram posições em torno dos hospitais infantis Rantissi, Al-Quds e Nasser nos últimos dias, aumentando a preocupação das pessoas.
Ao menos 3 hospitais foram afetados pelos ataques:
- Hospital Al-Shifa, maior centro médico da Faixa de Gaza;
- Hospital Pediátrico Al-Rantisi, único centro médico infantil no norte de Gaza;
- Hospital Indonésio, centro médico com propósito humanitário.
A porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse: “Não tenho detalhes sobre Al-Shifa, mas sabemos que [a região] está sob bombardeio”. Um vídeo compartilhado nas redes sociais e verificado pela Reuters mostra vários mortos e feridos, incluindo crianças, perto do centro médico.
O diretor do centro médico, Mohammad Abu Salmiya, afirmou que "tanques israelenses abriram fogo contra o hospital Al-Shifa".
A Indonésia disse que partes do Hospital Indonésio foram danificadas em explosões noturnas nas proximidades. O país não relatou nenhuma vítima, mas condenou as explosões sem dizer quem foi o responsável.
Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse que Israel bombardeou edifícios do hospital Al-Shifa cinco vezes desde a noite de quinta-feira.
Após as explosões, testemunhas disseram que muitas pessoas estavam começando a deixar as instalações, temendo novos ataques, mas Qidra afirmou que isso não seria possível para todos.
“Não há como evacuarmos, não há forma prática de o fazer também. Estamos falando de 45 bebês em incubadoras, 52 crianças em unidades de cuidados intensivos, centenas de feridos e pacientes, e dezenas de milhares de pessoas deslocadas", disse à Reuters.
Fumaça é vista na Faixa de Gaza, em meio a prédios destruídos, no dia 10 de novembro de 2023 — Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein
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