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Homossexualidade deveria ser mantida na lista de transtornos mentais, afirma pastor que relatou projeto contra casamento gay

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Congresso Nacional

- Publicada em 19 de Outubro de 2023 às 17:34

 Desde 1973, Associação Americana de Psiquiatria não considera homossexualidade transtorno mental

Desde 1973, Associação Americana de Psiquiatria não considera homossexualidade transtorno mental


PRAKASH MATHEMA/AFP/JC

Agências

No bojo do projeto aprovado contra o casamento gay aprovado pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, na terça-feira passada (10), constava também uma afirmação polêmica do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), que contraria diretrizes vigentes desde 1973, pela Associação Americana de Psiquiatria (APA). O pastor classificou a remoção da homossexualidade da lista de transtornos mentais (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria (APA),  como “o lamentável desfecho que se deu quando a militância político-ideológica se sobrepôs à ciência”.

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No bojo do projeto aprovado contra o casamento gay aprovado pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, na terça-feira passada (10), constava também uma afirmação polêmica do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), que contraria diretrizes vigentes desde 1973, pela Associação Americana de Psiquiatria (APA). O pastor classificou a remoção da homossexualidade da lista de transtornos mentais (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria (APA),  como “o lamentável desfecho que se deu quando a militância político-ideológica se sobrepôs à ciência”.

O parecer ao projeto recebeu 12 votos favoráveis e cinco contrários. A proposta ainda será analisada nas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se for aprovada, seguirá para o Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
A aprovação da proposta contraria a atual jurisprudência brasileira. Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Pastor Eurico, no entanto, argumenta que cabe ao Poder Legislativo, e não ao STF, deliberar sobre o tema.

Sem interpretações
Nesta terça-feira (10), Eurico apresentou uma complementação ao seu parecer, que inclui novos pontos. O texto do relator mantém a proibição da união homoafetiva, e determina que a Justiça interprete o casamento e a união estável de forma estrita, sem “extensões analógicas”. Ou seja, deixa claro que essas formas de união dizem respeito apenas a homem e mulher.

Critérios religiosos
O novo texto determina também que o Estado e a legislação civil não poderão interferir nos critérios e requisitos do casamento religioso, sendo vedado qualquer constrangimento a ministro de confissão religiosa ou violação às normas de seus templos. O objetivo dessa medida, segundo o relator, é garantir a proteção das instituições e ministros religiosos.

Pastor Eurico citou trechos bíblicos na tentativa de demonstrar que as culturas antigas julgavam a homossexualidade um fenômeno repreensível e defendeu que o instituto do casamento tem a finalidade da procriação.

“A relação homossexual não proporciona à sociedade a eficácia especial da procriação, que justifica a regulamentação na forma de casamento e a sua consequente proteção especial pelo Estado”, disse. “Tentar estender o regime de casamento aos homossexuais é uma tentativa vã de mudar a realidade através de leis”, acrescentou.

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