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Incêndio em mina da ArcelorMittal deixa 45 mortos no Cazaquistão

Segundo autoridades, pelo menos 252 pessoas estavam trabalhando na mina no momento do incêndio. Além das vítimas que morreram, 18 precisaram de atendimento médico.

O governo anunciou a nacionalização da subsidiária local da gigante siderúrgica, que já acumulava uma longa lista de tragédias.

Segundo o Ministério de Situações de Emergência, as buscas são difíceis devido à falta de energia elétrica, à extensão dos túneis e ao fato de vários deles estarem inundados.

Imediatamente após o anúncio do acidente na manhã de sábado, o presidente do Cazaquistão, Kasym-Jomart Tokayev, ordenou "encerrar a cooperação" com o grupo.

Na presença das famílias das vítimas em Karaganda, Tokayev chamou a ArcelorMittal de "a pior empresa da história do Cazaquistão do ponto de vista da cooperação com o governo".

O governo cazaque e a gigante siderúrgica, liderada pela indiana Lakshmi Mittal e com sede no Luxemburgo, anunciaram um acordo preliminar para "transferir a propriedade da empresa para a República do Cazaquistão".

No entanto, a subsidiária cazaque do grupo, ArcelorMittal Temirtau, afirmou neste domingo que o acordo foi assinado "na semana passada".

Neste domingo, as bandeiras do Cazaquistão foram hasteadas a meio mastro para marcar um dia nacional de luto, observou um jornalista da AFP.

Antes desta última tragédia, doze funcionários da ArcelorMittal no Cazaquistão perderam a vida em acidentes em menos de um ano e, em 2023, as autoridades registraram quase 1.000 violações das normas de segurança industrial nas minas da empresa.

Este é o pior acidente de mineração no Cazaquistão desde 2006, quando 41 mineradores morreram em outra instalação da ArcelorMittal.

Desde a queda da União Soviética em 1991, cerca de 200 mineradores perderam a vida no Cazaquistão, a grande maioria nas minas desse grupo.

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