A indústria gaúcha fecha o terceiro trimestre em alta, segundo o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).Cresceu 1,5% em setembro, na comparação com agosto, recuperando parte da queda de 1,8% do mês anterior e o nível de abril de 2024, antes da crise climática. O índice mostrou um tombo de 11,5% em maio, deixado para trás na sequência por altas em junho (9,8%) e em julho (3,9%). "Após a rápida recuperação das enchentes de maio, os resultados da pesquisa mostram que o setor retomou o comportamento instável, sem uma tendência definida, que exibia no início do ano antes da calamidade climática", avalia Claudio Bier, presidente da Fiergs.
O IDI-RS agrega seis indicadores com o objetivo de medir a atividade industrial no Rio Grande do Sul. Na passagem de agosto para setembro, a principal contribuição para a expansão do índice foi das compras industriais, que cresceram 6,3%, além dos aumentos do faturamento real (1%), da massa salarial real (0,7%) e do emprego (0,3%). Por outro lado, as horas trabalhadas na produção recuaram 1,1%, enquanto a utilização da capacidade instalada (UCI) não variou no período, permanecendo em 80,8% em setembro.
Segundo Bier, essa instabilidade ocorre porque o cenário econômico doméstico permanece sem grandes alterações. Além disso, a incerteza fiscal continua em alta, sendo o principal fator que inibe a atividade industrial e alimenta o pessimismo com a economia brasileira, assim como o aumento da taxa de juros e o cenário externo pouco favorável. Por outro lado, pesam a favor o maior ritmo da demanda doméstica, o menor desemprego, o aumento da renda e a presença, que já foi maior, de confiança empresarial.
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