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Inflação acelera para 0,56% em outubro

Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kwh consumidos (Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias)

A inflação do país acelerou para 0,56% em outubro, subindo 0,12 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,44%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo de habitação (1,49%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial (4,74%), e no grupo de alimentação e bebidas (1,06%), impulsionado pelo aumento das carnes (5,81%). No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE.

Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto habitação quanto alimentação e bebidas exerceram influência de 0,23 ponto percentual no índice geral., sendo que, entre os subitens, a energia elétrica residencial foi o que mais pressionou o resultado. "Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46", destaca André Almeida, gerente do IPCA e INPC.

O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (5,81%). "O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações", explica Almeida. Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.

A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche subiu de 0,67% para 0,88%. Por outro lado, a única queda registrada em outubro veio dos transportes, com taxa deflação de 0,38%. O resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas, com queda de -11,5%. Trem (-4,8%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração do transporte público (-3,04%) também contribuíram para o resultado negativo do grupo. O resultando desses subitens é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro. Em relação aos combustíveis (-0,17%), houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.

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