2 horas atrás 2

INFOGRÁFICO: como os EUA cercaram a Venezuela em operação que ameaça o governo Maduro

▶️ Contexto: O secretário de Guerra, Pete Hegseth, informou que a ação foi batizada de “Lança do Sul” e será conduzida por militares do Comando Militar Sul, responsável por operações no Caribe e na América do Sul.

  • Segundo Hegseth, a missão tem como objetivo defender os Estados Unidos das drogas e eliminar narcoterroristas. Ele não especificou o local da ação.
  • Ainda não está claro se a “Lança do Sul” é uma nova operação ou a continuação de uma ação já em andamento. Em janeiro, o Comando Sul havia anunciado uma missão com o mesmo nome.
  • O presidente Donald Trump vem justificando as ofensivas na região afirmando que cada embarcação bombardeada “representa 25 mil vidas americanas salvas”.
  • Na quarta-feira (12), segundo a CBS News, o presidente recebeu opções de ações militares contra a Venezuela.
  • Em outubro, Trump admitiu que pretende realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas, sem especificar quais países seriam alvo.
"Bem, não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra. Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las", disse o presidente.

🔴 No fim de agosto, os EUA enviaram navios de guerra ao Mar do Caribe, além de um submarino nuclear. Depois, caças foram deslocados para Porto Rico, território norte-americano na região.

  • A movimentação militar começou pouco depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
  • O venezuelano é acusado pelo governo americano de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente como organização terrorista internacional.
  • Nesse contexto, os EUA podem considerar Maduro um alvo legítimo ao anunciar ataques militares contra cartéis.
  • Autoridades da Casa Branca afirmaram à imprensa americana, sob condição de anonimato, que acreditam que o objetivo final da operação seria retirar Maduro do poder.

Em outubro, bombardeiros americanos foram identificados sobrevoando a Região de Informação de Voo da Venezuela — uma área muito próxima do território venezuelano.

Helicópteros militares da unidade de elite “Night Stalkers” também foram avistados na região. Em 2011, o grupo teve papel importante na ação que matou o terrorista Osama Bin Laden.

Junto a esse cerco, estão bases militares que os EUA mantêm na região, além de estruturas de segurança cooperativa instaladas em aeroportos de países parceiros — dois deles ficam a menos de 100 km da costa venezuelana.

👉 Veja no infográfico abaixo a localização das bases militares americanas no Caribe e na América Central, além das movimentações recentes de forças dos EUA na região.

Mapas mostram cerco dos EUA contra a Venezuela — Foto: Dhara Assis/Arte g1

Segundo o chanceler Mauro Vieira, o presidente Lula deve manifestar “solidariedade regional” à Venezuela durante o encontro da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), neste domingo (9).

Barco é bombardeado pelos EUA no Oceano Pacífico — Foto: Departamento de Guerra

  • Essa área está fora do território venezuelano, mas fica sob jurisdição do país.
  • Por isso, aviões precisam se identificar ao controle do espaço aéreo da Venezuela.

O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para realizar ataques nucleares. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da frota de bombardeiros estratégicos dos EUA.

👉 Confira a seguir detalhes do B-52.

Veja ficha técnica do bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos. — Foto: Equipe de arte/g1

À época do sobrevoo, em entrevista ao g1, Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, disse que a manobra representou uma tentativa dos EUA de mostrar que estão muito próximos da Venezuela.

“É uma provocação política, para dizer: ‘olha, eu tenho capacidade de invadir o teu espaço aéreo’. Mas tem também um objetivo militar, de treinar as tripulações. Quer dizer, isso é um ensaio geral para futuros bombardeios e um teste das defesas aéreas venezuelanas”, avaliou.

Navios de guerra e porta-aviões gigante

  • O porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 aeronaves, entre caças e helicópteros.
  • A embarcação também conta com uma pista de pouso e decolagem que tem área três vezes maior que o gramado do Maracanã.
  • A última atualização disponível, em 4 de novembro, indicava que o porta-aviões estava saindo do Mar Mediterrâneo e entrando no Oceano Atlântico.

Em comunicado, o Pentágono afirmou que a missão do grupo de ataque na região é “ampliar e fortalecer as capacidades existentes para interromper o tráfico de drogas”, além de degradar e desmantelar cartéis latino-americanos.

👉 Veja a seguir detalhes do USS Gerald Ford.

Conheça o USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo e o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Gui Sousa/Arte g1

Ainda em agosto, os EUA já haviam determinado o envio de sete navios de guerra, além de um submarino nuclear. A frota inclui:

  • Três destróieres: navios de guerra menores que cruzadores, mas mais velozes e ágeis. Podem ser equipados com mísseis. Foram enviados o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson.
  • Dois navios-doca: usados para transportar fuzileiros navais, veículos e equipamentos, além de apoiar operações anfíbias. Participam da missão o USS San Antonio e o USS Fort Lauderdale.
  • Um cruzador de mísseis: projetado para defesa aérea e antimíssil, com sistema de combate avançado. O modelo enviado é o USS Lake Erie.
  • Um navio de assalto anfíbio: equipado para operar aeronaves de decolagem curta e pouso vertical e realizar desembarques com tropas e veículos. No grupo, está o USS Iwo Jima.
  • Um submarino nuclear: capaz de atacar navios e submarinos inimigos, além de realizar ataques de precisão em terra, com torpedos e mísseis. Integra a frota o USS Newport News.

👉 Veja no infográfico abaixo as embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe.

Embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe — Foto: Dhara Assis/Arte g1

Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro