Inimigos do fogão: 8 coisas que atrapalham os preparos do seu aparelho

Com o uso frequente, resíduos de alimentos e líquidos derramados sobre o fogão começam a se acumular, o que pode obstruir as saídas de gás dos queimadores. Isso faz com que o gás não consiga passar, causando chamas irregulares ou até mesmo o bloqueio completo da saída, impedindo a boca de acender. Felizmente, a solução para o problema costuma ser bem simples, e inclui a limpeza regular do fogão e dos queimadores; caso observe alguma obstrução, usar uma agulha própria para limpeza dos furos de saída do gás pode ser necessário.

Os modelos com queimadores removíveis facilitam bastante esse processo, uma vez que não requerem desmontagem de peças interna. Vale destacar que esse cuidado é essencial não apenas para o bom funcionamento como também para a segurança dos usuários, pois o gás acumulado na tubulação, sem saída pelos queimadores, pode aumentar os riscos de explosão na cozinha.

Escolher a panela certa para cada tipo de preparo é importante para o desempenho do aparelho. No caso de cooktops que usam o sistema de indução, por exemplo, é preciso usar panelas com material metálico, que permitem a condução das ondas eletromagnéticas para o aquecimento, já que utilizar outros materiais pode representar um custo extra para o usuário.

Nos fogões convencionais, um ponto importante para observar é o tamanho da panela, que deve ser compatível com o do queimador que vai usar. Afinal, usar uma panela com fundo pequeno em uma boca maior pode causar desperdício de energia, além de queimar os alimentos, se utilizar para preparar quantidades muito pequenas sem a supervisão constante. Já as com fundo arredondado têm menor área de contato com o fogo, o que prejudica a distribuição do calor.

Os vazamentos podem ocorrer pelo desgaste natural da mangueira, como ressecamento ou dobras que podem causar fissuras, e até mesmo pela má instalação. Se o gás se espalhar no ambiente, uma simples faísca pode desencadear uma explosão. Alguns modelos de fogões mais modernos contam com um sistema de segurança, que consiste em uma válvula que corta o fornecimento de gás caso a chama se apague acidentalmente durante o uso, seja pelo vento vindo da janela ou mesmo ao vazar líquidos de uma panela.

A má regulação, por sua vez, pode fazer com que o fluxo fique mais fraco do que o necessário para cozinhar ou muito forte, resultando em desperdício de gás. Por isso, caso observe que as chamas estão muito fracas ou intensas demais, verifique o registro de saída do gás para ter certeza de que está bem ajustado. Para quem usa o gás em botijão, a queda na intensidade da saída também pode ser um sinal de que o recipiente está com nível baixo, portanto, tenha um reserva para substituir e conseguir continuar os preparos na cozinha.

Usar o fogão como uma extensão da bancada, seja para apoiar panelas ou outros utensílios enquanto não está utilizando pode não ser uma boa ideia, tendo em vista que isso pode causar deformações na estrutura. Por isso, é importante ler com atenção o manual do fabricante, que indica a carga máxima que o produto consegue suportar, evitando também utilizar panelas acima da capacidade no cozimento.

Nesse contexto, apesar dos modelos com acabamento em vidro apresentarem uma maior facilidade de limpeza e um visual esteticamente agradável, optar por modelos em aço inox pode garantir uma resistência maior. Porém, o excesso de peso pode prejudicar as trempes, se forem muito frágeis, fazendo com que fiquem tortas com a carga aplicada sobre elas.

Deixar a grade ou as trempes do fogão mal encaixadas afeta o cozimento dos alimentos, uma vez que não proporciona um bom contato com a superfície aquecida. Outro problema que pode ocorrer da falta de atenção para esses itens é o risco de acidentes e queimaduras graves, caso uma panela tombe e espalhe líquidos ou óleo quente. Por isso, ao colocar a panela no fogão, verifique se ela está bem estabilizada. Se não, confira se a trempe não se deslocou ou está danificada.

A depender do material das grades, elas podem ser mais frágeis, por isso, as mais indicadas são as individuais, de ferro fundido, que permitem um melhor ajuste para o fundo das panelas, embora possam ter um preço levemente mais alto. As esmaltadas, por outro lado, são leves e costumam ser fáceis de limpar, embora a durabilidade possa ser menor com a exposição a altas temperaturas e o peso das panelas.

O local onde fica o seu fogão ou cooktop também faz diferença no desempenho do produto. Por um lado, a entrada de ar direto, com vento vindo da janela, pode fazer com que a chama do fogão se apague e haja liberação de gás no ambiente. Porém, principalmente no caso de fogões a gás, o espaço não pode ser completamente fechado, pois a ventilação no ambiente ajuda na combustão e dispersa gás carbônico, fumaça e odores durante o preparo.

Os modelos mais modernos são menos dependentes da circulação de ar, mas ainda assim, é importante manter o local arejado para evitar que a gordura e fumaça fiquem impregnadas no ambiente. Caso o espaço não tenha uma boa ventilação, uma alternativa é usar um depurador de ar ou coifa, que fazem a função de circular o ar, retendo as impurezas e deixando o ambiente limpo e livre de odores.

Ao cozinhar, é essencial manter as chamas em uma intensidade compatível com o tipo de preparo. Para alimentos delicados, que queimam facilmente, ou para finalizar preparos, o ideal é reduzir a intensidade, cozinhando em fogo baixo; já para frituras e cozidos, por exemplo, usar chamas mais altas pode acelerar o cozimento. A cor da chama também é um indicativo importante; o ideal é que esteja azul e uniforme, pois se estiver amarelada e instável, pode ser um indício de que a mistura de gás e ar está incorreta, ou seja, que a combustão não está sendo eficiente.

Em alguns casos, a limpeza dos queimadores pode ser o suficiente para resolver o problema ao remover eventuais obstruções na saída de gás. Porém, se isso não resolver, o problema pode estar na parte interna do aparelho; nessa hipótese, o mais indicado é buscar assistência técnica especializada, uma vez que um profissional da área tem o conhecimento e ferramentas necessárias para abrir o aparelho e analisar quais os ajustes necessários.

Fazer a instalação adequada, seguindo as instruções do manual do fabricante, é essencial para garantir o bom funcionamento do fogão e a segurança de quem o usa. Se o eletrodoméstico não for colocado em uma superfície bem nivelada, sua posição pode comprometer a qualidade das chamas, além de gerar instabilidade para as panelas sobre ele. Os fogões convencionais, em geral, não requerem uma instalação complexa, uma vez que basta ligar na tomada para o acionamento do acendimento automático e ligar a mangueira para fornecimento de gás.

Já os cooktops, sejam eles a gás, elétricos ou por indução, requerem um pouco mais de cuidado, uma vez que são embutidos sobre nichos nas bancadas e precisam ficar bem fixados e vedados para evitar que a umidade entre em contato com componentes eletrônicos. Por isso, quando existir qualquer dúvida sobre essa instalação, pode valer mais a pena investir em procurar ajuda profissional que, apesar do custo extra, garante mais segurança no uso do aparelho.