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Inteligência artificial: 5 coisas que você precisa saber antes de usar

A inteligência artificial (IA) pode facilitar o dia a dia de qualquer pessoa, seja um estudante que necessita de ajuda com a lição de casa ou um profissional que precisa de assistência para melhorar a produtividade. Apesar disso, é importante considerar diversos fatores antes de utilizar a IA. Questões como segurança, riscos e uso responsável devem ser de conhecimento do usuário.

É importante saber as configurações da ferramenta a ser utilizada assim como as políticas de privacidade. Manter-se informado de atualizações e novos recursos também é uma forma de garantir o uso responsável e evitar riscos em potencial. O TechTudo reuniu cinco dicas essenciais antes de testar uma ferramenta de inteligência artificial. Confira!

Algumas inteligências artificiais utilizam dados disponíveis online para treinamento de modelo, como sites, livros e artigos. Caso essas informações sejam incorretas ou incompletas, isso irá refletir nas respostas que o usuário receberá. Ou seja, ela pode cometer erros, fornecendo informações falsas, tendenciosas ou preconceituosas. Por essa razão, é importante checar todas as referências para garantir a veracidade dos fatos.

O próprio ChatGPT possui uma ressalva na página inicial da ferramenta informando a importância de realizar a checagem dos fatos, visto que a IA nem sempre está correta. É importante garantir que outras ferramentas, como sites de notícias e fontes oficiais, sejam consultadas posteriormente para não compartilhar uma desinformação fornecida pelas IAs.

2. Uma IA pode não ser boa em tudo

Apesar de alguns chatbots prometerem ajudar com tudo, de lições de matemática a criação de imagens, é possível que alguns resultados não apresentem a qualidade desejada pelo usuário. Chatbots como o ChatGPT e Gemini Google, comumente usados para auxiliar com buscas, fornecendo respostas em texto, podem não ser tão satisfatórias em outros aspectos, como criação de vídeos. Ao utilizar um modelo adequado, o usuário reduz os riscos de erro (o que não garante que o resultado será 100% correto) e pode obter um retorno que necessite menor intervenção para edições e melhorias, diminuindo o tempo de criação.

3. Um bom prompt faz toda a diferença

Em qualquer ferramenta de inteligência artificial, para obter bons resultados, é necessário criar um prompt completo e bem detalhado. Fornecer à IA todas as informações necessárias para que ela entenda o que o usuário deseja gerar é essencial para a resposta ser satisfatória. Além disso, isso também pode garantir que o usuário receba um retorno mais alinhado com seus objetivos, seja no estilo de escrita ou na informação que deseja obter.

Uma forma de construir um bom comando de texto é transformando a ferramenta em um especialista na área em que deseja dominar. Basta iniciar a interação com o chatbot dizendo “Você é um especialista em [inserir o nome da área]”. Em seguida, o usuário deverá definir a tarefa que a IA deverá desempenhar, sendo bastante específico na hora de construir o contexto, ou seja, ele deverá trazer objetivos, restrições e outras informações pertinentes. Por fim, basta definir o formato em que deseja receber a resposta, como em lista, tabela ou texto corrido.

Por exemplo, para receber ajuda em uma tarefa matemática, o usuário poderá enviar "você é um professor de matemática e deve explicar para um aluno, em detalhes, como resolver essa questão: 3x^2−5x−2=0 Apresente a resolução em formato de passo a passo”.

4. Não compartilhe informações sensíveis ou confidenciais

Ferramentas como o Gemini, por exemplo, utilizam revisores para melhorar a inteligência artificial, ou seja, toda a conversa com o chatbot pode ser monitorada por um humano. Ainda, existem outras IAs que usam os dados para retreino de modelo, tornado vulneráveis informações sensíveis compartilhadas no chatbot. Por essa razão, é recomendado que nenhum dado confidencial, como senhas, informações de trabalho, números de telefone, endereços e documentos sejam compartilhados com a IA.

Recomenda-se revisar e ajustar as configurações das plataformas antes de utilizá-las e, mesmo com as mudanças de privacidade realizadas, não compartilhar nenhum dado sensível que coloque em risco qualquer pessoa ou empresa.

5. Sempre identifique quando a IA for utilizada

Ser transparente quanto ao uso da IA é uma decisão ética que pode evitar problemas no futuro caso o uso de inteligência artificial seja identificado por terceiros. Ao tomar a decisão de comunicar o uso de IA nos seus projetos, seja na criação de uma arte, gráfico ou texto, o usuário possibilita que outros tenham maior confiança no que ele deseja comunicar, além de também expor os benefícios do uso desse recurso.

Ferramentas como o Instagram já possuem “etiquetas” que permitem marcar conteúdos como “Gerado por IA”, mas, caso não exista essa possibilidade, é possível que o usuário crie seu próprio rótulo para indicar que o seu projeto ou serviço foi desenvolvido com auxílio de inteligência artificial.