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Inter volta a ser vulnerável na defesa, leva 4 a 0 do Botafogo e acumula terceira derrota seguida

O Inter de Roger Machado é hoje apenas uma sombra do que já foi. Pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Colorado foi goleado por 4 a 0 pelo Botafogo, neste domingo (11), no Nilton Santos, e viu a pressão sobre o técnico aumentar ainda mais. Novamente com uma defesa vulnerável e um ataque inofensivo, o time amargou a terceira derrota consecutiva — com 11 gols sofridos — e agora aposta tudo na Libertadores para evitar um início de calendário pós-Gauchão desastroso.

Poupando metade do time para o confronto decisivo contra o Nacional-URU, pela competição continental, na próxima quinta-feira (15), o Alvirrubro acabou se complicando também no Brasileirão. Com a goleada sofrida, o Colorado estaciona nos 9 pontos em oito jogos e ocupa, agora, apenas a 13ª colocação na tabela. Os gols do revés fora de casa foram marcados por Igor Jesus, Artur, Cuiabano e Alex Telles.

Quando a bola rolou no Rio de Janeiro, o que se viu foi um Inter vulnerável defensivamente e pouco criativo no ataque. Apostando novamente em um esquema com três volantes, Roger Machado viu sua equipe mais uma vez sair atrás no placar ao priorizar a contenção do adversário e teve que correr atrás do prejuízo.

Dominante no inicio da partida, o Botafogo abriu o marcador aos 8 minutos, com Igor Jesus, que recebeu de Jeffinho após falha de Aguirre e chutou no canto direito de Anthoni. Seguindo o roteiro das recentes derrotas para Corinthians e Atlético Nacional-COL, o gol sofrido parece ter despertado os jogadores colorados e, a partir dali, o time passou a controlar a posse de bola e se lançou mais ao ataque, mesmo repleto de reservas.

Marcando no campo ofensivo e até ensaiando uma pressão, o Inter criou duas boas chances, ambas defendidas por John. A melhor delas veio aos 16 minutos, quando Wesley invadiu a área pela esquerda e finalizou rasteiro. Apesar de ter a bola e controlar as ações, o time seguiu distante da efetividade.

O Botafogo, por sua vez, parecia jogar quando queria — e sempre com eficiência. Aos 44, em uma jogada que lembrou treino, Marlon Freitas lançou Arthur nas costas de Rogel. O atacante avançou com tranquilidade e acertou um belo chute por cobertura, ampliando o placar.

Na volta da segunda etapa, Roger desfez o esquema, trocando Thiago Maia por Óscar Romero, mas não conseguiu modificar o rumo da partida. Aliás, o Inter, que até então tinha a bola sem saber como usá-la, passou a ser totalmente dominado pelos donos da casa.

Em ritmo de treino, o Botafogo ampliou com dois golaços. Primeiro, aos 8 minutos, com Cuiabano: mais um lançamento de Marlon Freitas nas costas da zaga, domínio preciso do ala e chute no ângulo, sem chances para Anthoni. Depois, aos 23, foi a vez de Alex Telles marcar em lance semelhante. Apático, o Inter apenas assistia ao atual campeão brasileiro jogar — e digeria o 11º gol sofrido em apenas três partidas.

Os pouco mais de 20 minutos finais pareceram intermináveis para o torcedor colorado, que, sem qualquer esperança de reação, apenas torcia para que o vexame não aumentasse. Aos 45, isso quase aconteceu: Nathan Fernandes driblou Anthoni e só não marcou porque foi travado por um carrinho salvador de Aguirre.

Dois minutos de acréscimos depois, o pesadelo enfim chegou ao fim. Com o placar marcando 4 a 0, o Inter amargou sua pior goleada em anos, enquanto Roger Machado encarou o momento mais delicado de sua passagem pelo clube.

Agora, o tudo ou nada — para ambos — será na próxima quinta-feira, às 19h, contra o Nacional-URU, fora de casa, pela Copa Libertadores. Em caso de nova derrota, o Inter praticamente dá adeus à competição. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso é no domingo, diante do Mirassol.

Botafogo (4) John; Vitinho, Jair, David Ricardo e Alex Telles (Marçal); Gregore e Marlon Freitas (Allan); Jeffinho (Nathan Fernandes), Arthur e Cuiabano (Kauan Lindes); Igor Jesus (Rwan Cruz). Técnico: Renato Paiva.

Inter (0) Anthoni; Aguirre, Rogel, Victor Gabriel e Ramon; Ronaldo, Thiago Maia (Óscar Romero) e Diego Rosa (Luis Otávio); Tabata (Gabriel Carvalho), Wesley (Gustavo Prado) e Lucca (Ricardo Mathias). Técnico: Roger Machado.

Arbitragem - Matheus Delgado Candançan.

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