IPCA mais alto, PIB e produção industrial dos EUA; os destaques da terça
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IPCA-15 sobe para 0,25% em dezembro e fecha 2025 em 4,41%
A prévia da inflação oficial brasileira registrou alta de 0,25% em dezembro, acima dos 0,20% de novembro, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) divulgado hoje pelo IBGE. No acumulado de 2025, o índice avançou 4,41%, ficando acima do teto da meta de inflação do Banco Central, fixado em 4,5% para o ano.
O resultado de dezembro representa uma aceleração de 0,05 ponto percentual em relação ao mês anterior. Na comparação com dezembro de 2024, quando a inflação foi de 0,34%, houve desaceleração.
PIB dos EUA no terceiro trimestre deve mostrar economia forte
O Bureau of Economic Analysis divulga hoje (23) a leitura oficial do Produto Interno Bruto dos EUA no terceiro trimestre de 2025, com projeções de crescimento anualizado de 3,2%. O número foi adiado pela paralisação do governo federal.
Se confirmado, o resultado indicará que a economia americana segue acima do potencial estimado em torno de 2%. No segundo trimestre, o PIB já havia avançado 3,1% (terceira estimativa do BEA). O primeiro trimestre foi mais fraco, com alta de 1,4%, refletindo o impacto dos juros altos e consumo mais baixo.
O crescimento do terceiro trimestre foi sustentado principalmente pelo consumo das famílias, com algum suporte de investimentos e gastos públicos. O quadro reforça a narrativa de "pouso suave prolongado" da economia americana e deve manter o Federal Reserve cauteloso em relação ao ritmo de cortes de juros.
Produção industrial dos EUA pode ter leve queda em novembro
Os dados da produção industrial dos EUA para novembro serão divulgados hoje (23), às 11h15 (horário de Brasília), pelo Federal Reserve. A divulgação também estava atrasada por conta do shutdown governamental de novembro e traz os números de outubro.
As projeções do mercado indicam variação mensal entre -0,1% e 0%. A manufatura pode registrar alta de 0,2%, impulsionada pela recuperação do setor automotivo após greves recentes.
Os indicadores antecedentes mostram sinais mistos. O PMI industrial do ISM ficou em 48,2 em novembro, o nono mês consecutivo abaixo de 50 pontos (linha que separa expansão de contração). Já o PMI da S&P Global marcou 52,2, indicando expansão moderada, mas abaixo do esperado. O cenário é de demanda fraca, estoques elevados e desaceleração geral.
Números fracos podem reforçar apostas em cortes de juros pelo Fed em 2026, em meio a inflação de 2,7%, desemprego em alta e incertezas relacionadas às tarifas da administração do presidente Donald Trump.
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