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Um ataque israelense contra o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, deixou dezenas de mortos e feridos nesta terça-feira (31/10), segundo autoridades do território palestino.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e o vizinho Hospital Indonésio, para onde a maioria dos feridos foram transferidos, contabilizaram pelo menos 50 mortes.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros em Ramallah, na Cisjordânia, indicou posteriormente que o número total de mortos e feridos ultrapassava os 400, alguns deles mulheres e crianças.
As autoridades palestinas compararam o acontecimento desta terça-feira com a explosão no hospital Al-Ahli, no centro da cidade, em 17 de outubro, na qual cerca de 500 pessoas morreram.
Pouco após a explosão, o governo de Gaza, controlado pelo Hamas, atribuiu a nova explosão a um ataque aéreo israelense.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, confirmou que o campo de refugiados foi o alvo do bombardeio e também afirmou que o ataque matou um comandante sênior e causou o colapso da infraestrutura subterrânea do Hamas.
Desde 7 de outubro, mais de 8.500 pessoas morreram em Gaza, segundo as autoridades locais.
Grandes crateras
Fotografias divulgadas pela agência Reuters mostram a devastação no local, com pessoas procurando sobreviventes e retirando corpos dos escombros.
As imagens mostram grandes crateras de impacto cercadas por detritos de concreto e aço de edifícios desabados.
Há também fotografias que mostram crianças aparentemente gravemente feridas ou mortas.
Localizado ao norte da Cidade de Gaza, Jabalia é o maior dos oito campos de refugiados de Gaza.
Em julho de 2023, 116.000 refugiados palestinos viviam no local, de acordo com registos da ONU.
Os refugiados começaram a se instalar neste campo após a Guerra Árabe-israelense de 1948.
É uma área pequena, mas densamente povoada, de edifícios residenciais que ocupa 1,4 quilômetros quadrados.
Jabalia tinha 26 escolas em 16 edifícios, um centro de distribuição de alimentos, dois centros de saúde, uma biblioteca e sete poços de água.
Assim como o campo de Shati, está localizado na área de onde Israel ordenou que a população saísse o mais rápido possível.
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