O exército de Israel iniciou na noite de terça-feira (14) uma operação militar no Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. A unidade tem no momento cerca de mil pessoas, entre pacientes e pessoas que procuram abrigo, segundo médicos que atuam no local.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram ter encontrado armas do Hamas no hospital e infraestrutura terrorista. A operação se deu em razão do "uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas", segundo o órgão.
O oficial não especificou qual parte do hospital as tropas estão conduzindo as buscas e não disse o que foi encontrado —afirmou, no entanto, que as provas serão apresentadas depois.
Israel aponta que o Hamas tem usado por anos o Al-Shifa para acobertar ações terroristas. O Hamas nega.
Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel informou não ter havido confronto dentro do hospital. O grupo terrorista Hamas fala em 30 mortes na operação, o que não pode ser verificado de forma independente.
Os EUA afirmaram que não apoia ataques aéreos ou que deseja ver "fogo" em hospitais. Tedros Adhanom, diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou que a situação é "extremamente preocupante" e que perdeu contato com os médicos do local.
Israel anunciou que a operação militar levou suprimentos e equipamentos para os pacientes do hospital e não realizou conflitos dentro da unidade.
Enquanto isso, pacientes já cavaram uma vala comum para enterrar os mortos, em uma área considerada "quase um cemitério" pela OMS.
Israel diz que ação no hospital é justificada. "O uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas põe em risco o seu estatuto protegido pelo direito internacional", afirmou o exército do país.
Soldados caminham pela Faixa de Gaza durante operação terrestre, em 13 de novembro de 2023 — Foto: Forças de Defesa de Israel
O conflito entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro, quando o grupo terrorista realizou um ataque-surpresa contra Israel, na mais violenta ação contra o território israelense dos últimos 50 anos. Os serviços de inteligência do país não conseguiram antecipar que uma ofensiva dessa magnitude estava sendo preparada.
Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação. e ainda em 7 de outubro, lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
Até agora, morreram 1.402 pessoas do lado israelense e 11.240 na Faixa de Gaza, segundo o governo do Hamas (os números não puderam ser verificados de forma independente).
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