No último dia 22, políticos de oposição da Venezuela organizaram uma votação para decidir quem será o candidato nas eleições de 2024. A vencedora foi Maria Corina Machado.
María Corina Machado, opositora de Maduro declarada inelegível na Venezuela — Foto: Ariana Cubillos/AP
A Suprema Corte de Justiça da Venezuela suspendeu, nesta segunda-feira (30), o resultado de uma votação organizada pela oposição para escolher um candidato à presidência.
No último dia 22, mais de 2,3 milhões de pessoas votaram nas primárias para escolher quem será o candidato único da oposição política ao chavismo nas eleições presidenciais marcadas para 2024. A vencedora foi Maria Corina Machado. Essa votação foi organizada sem nenhuma participação do governo da Venezuela.
A Procuradoria da Venezuela afirma que está investigando tanto as primárias como os organizadores da votação por crimes eleitorais, crimes financeiros e conspiração. Os organizadores deram depoimentos para a Procuradoria nesta segunda-feira.
O governo do país afirma que houve fraude desde o dia da votação.
Tanto a investigação da Procuradoria como a suspensão dos resultados por parte da Suprema Corte são decisões tomadas no processo movido pelo deputado Jose Brito. De acordo com a Justiça, ele queria ter participado dessas primárias, mas ele não pertence a nenhum dos partidos que organizaram a votação.
A suspensão da Suprema Corte não é final, só vale até que haja uma decisão definitiva sobre o processo movido por Brito.
EUA deram declaração sobre a suspensão
Os Estados Unidos "vão tomar medidas" se o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, descumprir o acordo alcançado com a oposição, afirmou, nesta segunda-feira (30), um porta-voz do Departamento de Estado depois que a Corte Suprema da Venezuela suspendeu "todos os efeitos" das primárias da oposição.
"O governo dos EUA tomará medidas se Maduro e seus representantes não cumprirem seus compromissos do roteiro eleitoral" com vistas às eleições presidenciais de 2024, declarou o porta-voz à imprensa.
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