Segundo a publicação, o número é recorde: o país nunca deportou tantas pessoas de uma mesma nacionalidade em voos desse tipo.
O g1 procurou o Itamaraty, que não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
As deportações são oficialmente classificadas como voluntárias e o governo britânico disse ao jornal que está intensificando as medidas contra a migração ilegal. Organizações que protegem os direitos de imigrantes latino-americanos no Reino Unido expressaram preocupação, especialmente com o alto número de crianças retiradas do país.
Números de deportação publicados na quinta-feira (28) pelo Ministério do Interior britânico, órgão responsável pelas políticas de migração, mostram que 8.308 retornos forçados e voluntários foram feitos entre julho e setembro de 2024. A quantidade é 16% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
A maioria das viagens (6.247) foi voluntária, segundo o relatório. O governo oferece incentivos de até 3.000 libras (cerca de R$ 22 mil) para pessoas que aceitam ser deportadas voluntariamente do Reino Unido. Apesar de ter divulgado os números, o Ministério do Interior escondeu que o destino dos voos com quantidade recorde de imigrantes era o Brasil.
Os três voos relatados pelo "Guardian" aconteceram em um período de menos de dois meses -- a reportagem não cita para quais cidades brasileiras foram levados os imigrantes:
- Em 9 de agosto, 205 pessoas foram deportadas, entre elas 43 crianças;
- Em 23 de agosto, 206 foram deportadas, incluindo 30 crianças;
- Em 27 de setembro, foram 218 deportados, 36 deles crianças.
O jornal menciona que todas as crianças retiradas do país faziam parte de unidades familiares. Muitas delas estavam matriculadas em escolas e passaram a maior parte -- ou toda a vida -- no Reino Unido.
De acordo com a reportagem, as deportações de brasileiros foram classificadas pelo governo como voluntárias e incluíram pessoas que ultrapassaram o prazo de permanência de seus vistos.
“Estamos preocupados com o aumento acentuado nos retornos voluntários de brasileiros no último ano", afirmou a organização Coalition of Latin Americans in the UK (Coalizão de Latino-Americanos no Reino Unido) em comunicado publicado pelo "Guardian". A entidade acrescentou:
"Muitos chegaram por meio da migração de países da União Europeia. No entanto, as mudanças nas regras de imigração pós-Brexit deixaram centenas deles e seus familiares fora da UE, com risco de terem seus direitos negados devido à desinformação e aos rigorosos requisitos de elegibilidade.”
Ao "Guardian", um porta-voz do Ministério do Interior britânico disse que o governo está cumprindo um plano de aumentar a deportação de imigrantes ilegais. “Isso reduzirá nossa dependência de hotéis e custos de acomodação, economizando cerca de 4 bilhões de libras nos próximos dois anos."
Em abril deste ano, o Parlamento do Reino Unido aprovou uma lei para permitir que o governo force imigrantes que chegaram de qualquer lugar do mundo e pediram asilo em solo britânico a entrar em um avião que os leve para Ruanda – mesmo que a pessoa nunca tenha pisado em Ruanda.

Reino Unido começa a deter migrantes que serão deportados para Ruanda

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11 meses atrás
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